As startups de saúde, também conhecidas como healthtechs, registraram um aumento de 16,1% no Brasil, entre 2019 e 2022. São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de janeiro são os estados com maior número de empresas ativas, aponta o levantamento realizado pela plataforma de inovação Liga Ventures e pela consultora PwC, com 596 companhias de 35 categorias do setor.

Os segmentos que apresentaram maior número de companhias em funcionamento foram: financiamento (8,31%), gestão e processos (7,81%) e exames e diagnósticos (6,80%).

Entre março de 2021 e março de 2022, 191 empresas foram adicionadas ao Startup Scanner, base de dados sobre startups brasileiras utilizada para realizar o levantamento, e 199 foram inativadas. Cerca de 66,61% das healthtechs mapeadas estão ativas, enquanto 33,39% estão inativas.

O sócio da PwC Brasil, Bruno Porto, afirmou que o crescimento é resultado de um novo comportamento das pessoas no pós-pandemia. “Em geral, consumidores tiveram uma nova consciência sobre prevenção, o que engloba cuidados com saúde mental, prática de atividade física e alimentação saudável. Há ainda uma busca por comodidade e personalização”.

Já Raphael Augusto, sócio-diretor de produtos e inteligência de mercados da Liga Ventures, afirmou que as tecnologias tiveram um papel fundamental nas transformações ocorridas no setor, “mudando completamente a forma como a saúde dos pacientes é pensada”.

As healthtechs mapeadas pela ferramenta movimentaram R$ 1,79 bilhão, distribuídos em 36 operações de fusões e aquisições, sendo que oito delas envolveram startups das categorias de capacitação, informação e educação, inteligência de dados, monitoramento homecare, gestão de processos, gestão financeira e contábil e armazenamento e análise de imagens.

O estudo aponta ainda que, dentre os estados com startups em operação, São Paulo lidera com 50,13% das companhias, enquanto o  Rio Grande do Sul (8,06%) ocupa o segundo lugar e em terceiro está o Rio de Janeiro (7,81%).

Entre 2019 e 2021, São Paulo também teve o maior número de empresas fundadas, com 56,52%, seguido pelo Espírito Santo, com 8,70%.

Vagas de trabalho

No período de análise do estudo, as startups tiveram um crescimento médio de 21,21% em seus times, resultando em cerca de 3.813 empregos – valor impulsionado, segundo a pesquisa, principalmente, pelas startups de psicologia, que geraram cerca de 23,52% das novas oportunidades.

O número total de funcionários também cresceu mais de 50% em 17,38% das startups mapeadas.

Fonte: CNN Brasil