Novak Djokovic será bem-vindo no Aberto da Austrália se conseguir um visto, de acordo com o diretor do torneio, Craig Tiley.

O ex-número 1 do mundo foi deportado do país em janeiro após uma longa saga, que incluiu até detenção e o impediu de participar no Aberto da Austrália deste ano. O motivo foi o tenista ter recusado a se vacinar contra a Covid-19.

Sob a lei australiana, Djokovic pode ser banido do país por três anos devido às circunstâncias da sua deportação, embora a ministra do Interior, Karen Andrews, não tenha descartado uma isenção na época.

Tiley afirmou nesta quarta-feira (12) que o torneio não conseguiu fazer lobby em nome de Djokovic sobre esse assunto, explicando que não entrou em contato com o governo australiano sobre visto para o vencedor de 21 Grand Slams — dentre eles, nove Abertos da Austrália.

Se Djokovic conseguir o documento, Tiley pontuou que ele poderá jogar no primeiro Grand Slam de 2023: “Neste momento, Novak e o governo federal precisam resolver a situação e seguiremos qualquer instrução depois disso”.

“Não é um assunto sobre o qual podemos fazer lobby. É uma questão que definitivamente fica entre os dois e, dependendo do resultado, o receberíamos no Aberto da Austrália”, destacou

Tiley acrescentou: “(Djokovic) disse que obviamente adoraria voltar para a Austrália, mas ele sabe que será uma decisão do governo federal. Ele aceitou essa posição. É um assunto privado entre eles, mas gostaríamos de dar as boas-vindas a Novak – ele é nove vezes campeão – desde que tenha os requisitos para entrar na Austrália”.

O sérvio também não jogou o US Open deste ano, também por não ter se vacinado contra a Covid. As regras nos EUA à época estipulavam que qualquer cidadão não americano deveria estar totalmente imunizado contra o vírus para receber um visto e entrar no país.

Bandeira neutra

Tiley também informou que os jogadores russos e belarussos poderão participar sob uma bandeira neutra no próximo Aberto da Austrália.

As autoridades do tênis proibiram atletas de ambos os países de competir em torneios internacionais de equipes após a invasão da Ucrânia pela Rússia no início deste ano – eles foram autorizados a jogar em eventos regulares.

Enquanto o Aberto da França e o Aberto dos EUA permitiram que eles participassem sob bandeiras neutras, Wimbledon impôs uma proibição total – o que impediu o comparecimento do número 1 do mundo, Daniil Medvedev.

“Neste momento, jogadores russos e belarussos serão elegíveis para jogar no Aberto da Austrália. A única diferença será que eles não podem representar a Rússia nem a bandeira da Rússia, por exemplo”, disse Tiley.

“Eles não podem participar de nenhuma atividade como o hino da Rússia e têm que jogar como atletas independentes com um nome neutro. Mas eles serão bem-vindos ao Aberto da Austrália em janeiro”, acrescentou.

O Aberto da Austrália de 2023 começa na segunda-feira (16), em Melbourne.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil