Os países mais ricos do mundo buscaram neste sábado (11) apresentar uma frente unida contra uma eventual agressão russa à Ucrânia. A Grã-Bretanha organiza neste fim de semana uma reunião de chanceleres na cidade de Liverpool, no norte da Inglaterra.

A reunião do G7, com a presença do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e seus homólogos da França, Itália, Alemanha, Japão e Canadá, ocorre em meio à preocupação internacional de que a Rússia possa invadir a Ucrânia. A Rússia nega ter planejado qualquer ataque.

Antes das discussões formais, a ministra das Relações Exteriores britânica, Liz Truss, se reuniu com Blinken na noite de sexta-feira (10), quando expressou preocupação com o aumento de tropas russas na fronteira com a Ucrânia, disse o Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha em um comunicado.

Qualquer incursão da Rússia “seria um erro estratégico, com graves consequências”, acrescentou o chanceler.

“Precisamos nos defender contra as ameaças crescentes de agentes hostis e precisamos nos unir fortemente para enfrentar os agressores que buscam limitar os limites da liberdade e da democracia”, disse Truss aos chanceleres no início da reunião.

“Para fazer isso, precisamos ter uma voz mais forte e unida”

A Ucrânia está no centro de uma crise nas relações Leste-Oeste ao acusar a Rússia de reunir dezenas de milhares de soldados em preparação para uma possível ofensiva militar em grande escala.

A Rússia acusa a Ucrânia e os Estados Unidos de comportamento desestabilizador, e disse que precisa de garantias de segurança para sua própria proteção.

Os ministros chegaram ao Museu de Liverpool com uma banda de música tocando canções de Natal, antes de convocar a primeira sessão formal da reunião que tratará de questões geopolíticas, incluindo negociações nucleares com o Irã e o aumento do potencial militar do país.

“O encontro do G7 neste fim de semana… trata de uma demonstração de unidade entre grandes economias que pensam da mesma maneira, de que seremos absolutamente fortes em nossa postura contra a agressão, contra a agressão em relação à Ucrânia”, disse Truss a repórteres. antes das negociações.

A Grã-Bretanha, como atual presidente do G7, pede que seus membros sejam mais estridentes em sua defesa do que chama de “mundo livre”.

No início desta semana, Truss disse que a “era da introspecção” para o Ocidente acabou, e disse que a região precisava acordar para os perigos das ideologias rivais.

Ela destacou os riscos econômicos da dependência da Europa do gás russo e a ameaça mais ampla à segurança representada pela tecnologia chinesa como exemplos.

A reunião do G7 também deve resultar em uma chamada conjunta para o Irã moderar seu programa nuclear e aproveitar a oportunidade das negociações em andamento em Viena para reativar um acordo multilateral sobre seu desenvolvimento nuclear.

Tanto Truss quanto Blinken enfatizaram a necessidade de o Irã se envolver nas negociações, de acordo com o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

A Alemanha, que assume a liderança rotativa do G7 da Grã-Bretanha no ano que vem, deve estabelecer seu programa para 2022 na reunião.

Ministros da União Européia, Austrália, Coreia do Sul e Índia participarão de algumas sessões como convidados do G7, ao lado de representantes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

(Texto traduzido. Leia o original aqui.)

Fonte: CNN Brasil