Divulgação/DivulgaçãoA presença da maconha no Brasil não é um fato novo. Pelo contrário, segundo o livro , de Jean Marcel Carvalho França, data de 1770, aproximadamente, quando o vice-rei de Portugal ordenou que se cultivasse o cânhamo na então colônia para a produção de cordas e velas navais.
O empreendimento não deu certo, mas foi o responsável por prosperar o cultivo da planta para uso recreativo – aqui introduzido por marinheiros portugueses, conhecedores e consumidores da erva proveniente da Índia, e por escravos africanos, herdeiros do gosto pelo haxixe dos povos da Península Arábica.
O do selo narra os caminhos percorridos pela Cannabis sativa no país até os dias de hoje, quando se discute a descriminalização dos usuários e os possíveis benefícios que tal ação resultaria na economia do país e no combato ao tráfico.
No trecho abaixo, o autor relata que, na década de 90, uma reportagem publicada na revista “Veja” já dava indícios de que a maconha não era mais tratada como uma “ameaça à sociedade”. Confira:
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Canabismo, um hábito economicamente viável
Em 1995, a revista Veja, em reportagem intitulada “A estratégia número 2 contra a droga”, constatava, em tom fatalista e levemente melancólico, que, “depois de muitos sacrifícios em dinheiro e em vidas, a política de reprimir as drogas pela força policial e judiciária” só tinha “fracassos a contabilizar”.

Fonte: Folha de S.Paulo