O juiz substituto Ricardo Soares Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, deu 10 dias de prazo para que a defesa de Lúcio Funaro apresente um novo mapa de cobertura das câmaras de monitoramento instaladas na casa do analista financeiro, que foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) como sendo um antigo operador de propina para a bancada do PMDB na Câmara.
A determinação foi dada após ser constatado “que a imagem utilizada para mapear a distribuição das câmeras não abrange a totalidade da área ocupada pela propriedade onde [Funaro] se encontra cumprindo prisão domiciliar”, escreveu o magistrado no despacho de ontem (15).
Em 19 de dezembro do ano passado, Funaro foi autorizado pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira a deixar a penitenciária da Papuda, onde estava preso preventivamente desde julho de 2016, para cumprir em regime domiciliar fechado a pena prevista em seu acordo de delação premiada. O local escolhido pelo analista financeiro foi sua fazenda em Vargem Grande do Sul (SP).
Após diversas tentativas frustradas de conseguir a progressão de regime, foi o próprio Funaro quem sugeriu o monitoramento da fazenda por câmeras de segurança. Foi a solução encontrada pela defesa para contornar a resistência inicial do magistrado, que apontava a falta de tornozeleiras eletrônicas em São Paulo e no Distrito Federal como um empecilho para que o doleiro deixasse a penitenciária.

Fonte: Agência Brasil

Marcações: