Em seu segundo dia de depoimento na Suprema Corte de Londres, o príncipe Harry falou sobre uma reportagem do tablóide The People, de anos atrás, que detalhava uma discussão privada entre o duque e o pai, o agora rei Charles III, sobre o seu relacionamento com Chelsy Davy, com quem namorou entre 2004 e 2010. 

Segundo ele, esse “exclusivo real é o tipo de artigo que apenas perpetuou sentimentos de desconfiança , dentro de todos os meus relacionamentos”. 

O príncipe alega que o artigo cita que Charles descreveu relacionamento com Davy como “amor de cachorro” e que ele “explodiu” e foi proibido de ver Davy na Cidade do Cabo, na África do Sul, por seu pai.

Harry afirma que a “fonte” mencionada no artigo era “suspeita” e disse que nunca discutiu seu relacionamento “com ninguém no palácio”.

“Isso me mostra que a MGN estava investigando meus associados para coletar ilegalmente informações privadas.”

“Realmente não houve trégua com a invasão da imprensa”, diz Harry.

O príncipe Harry está testemunhando em um tribunal de Londres como parte de seu processo contra o Mirror Group Newspapers (MGN), uma grande editora de jornais britânicos. O julgamento começou na terça-feira (6). 

Sob interrogatório do advogado da MGN, Andrew Green, o duque de Sussex foi questionado sobre o que ele considera uma história legítima de interesse público sobre ele. Ele deu o exemplo de “uma lesão com risco de vida”.

Harry alega que seu telefone foi hackeado e outros meios ilícitos foram usados ​​para coletar informações sobre sua vida. A MGN está contestando, dizendo que as alegações do duque carecem de provas ou foram apresentadas tarde demais.

O príncipe se tornou o primeiro membro sênior da família real britânica a comparecer ao banco das testemunhas em mais de um século.

Fonte: CNN Brasil