O governo divulgou na sexta-feira (25) seu relatório final sobre as investigações oficiais a respeito dos chamados UFOs, sigla em inglês para unindentified flying object (ou OVNI – objeto voador não identificado – em português). A conclusão principal foi a constatação de que há fenômenos aéreos testemunhados por pilotos da força aérea que não podem ser explicados de acordo com o conhecimento tecnológico corrente.

O governo não nega a possibilidade desses fenômenos – chamados oficialmente de Unindentified Aereal Phenomena – UAP, para dissociar a investigação do desgaste da sigla UFO – terem origem extraterrestre, mas também não descarta outras causas, como fenômenos atmosféricos comuns, projetos secretos do governo americano, ou ainda tecnologias desenvolvidas por outras potências tecnológicas, como China e Rússia.

O relatório foi compilado pelo Office of the Director of National Intelligence, órgão investigativo ligado ao Pentágono, e analisa 144 observações dos chamados UAPs, a maioria delas feitas pela Marinha. “Os UAPs são claramente um assunto de segurança de voo e um desafio para a segurança nacional”, diz o relatório, acrescentando que os fenômenos “provavelmente não têm uma única explicação”.

A iniciativa do governo marca uma mudança do paradigma oficial com relação ao assunto. Até agora o governo americano passou décadas negando a existência dos fenômenos, classificando-os como ilusões de ótica e histeria de massa. Os relatos de observação dos chamados ‘discos voadores’ começaram nos anos 1940 e nunca pararam de crescer em todo mundo.

Do relatório constam os vídeos recentemente divulgados pelo Pentágono, onde pilotos da Marinha perseguem e observam um enigmático objeto voador na costa Leste, fazendo manobras impossíveis de serem executadas, deslocando-se em velocidades inalcançáveis com a teconologia atual. Os mesmos objetos, que não possuem nenhum meio de propulsão aparente, também foram vistos por pilotos da Marinha na costa Oeste americana. Um dos pilotos descreveu um objeto observado como “parecido com um tic-tac”, referindo-se à conhecida pastilha de menta, branca e retangular.

Em algumas das observações, os UAPs pareceram “exibir padrões característicos de voo […] que requerem uma análise adicional rigorosa”.

Perguntado sobre uma possível origem alienígena para os objetos, um oficial envolvido com o assunto disse que “esse não é o objetivo da força-tarefa, de promover algum tipo de busca pela vida extraterrestre. Não foi para isso que fomos recrutados”.

O estudo documenta ainda 11 casos de quase colisão com os objetos reportados por pilotos e um número pequeno de casos onde aeronaves militares “captaram frequências de rádio associadas às observações dos UAPs”. Os relatos também descrevem objetos que interromperam manobras de treinamento ou outro exercício militar.

A força-tarefa encarregada da investigação concentrou-se nos fenômenos testemunhados pelos aviadores militares, com 80 casos de detecção por múltiplos sensores, diz o relatório. A maioria ocorreu em anos recentes.

Cinco possibilidades de explicação foram incluídas no relatório: resíduos aéreos, fenômenos atmosféricos naturais, programas secretos do governo americano ou de outras potências, e uma categoria “outros”, onde pode ser incluída uma origem desconhecida ou extraterrestre.

De acordo com os oficiais, não há “indicações claras” de que os UAPs seriam parte de um programa de espionagem estrangeiro ou produto de um extraordinário desenvolvimento tecnológico oriundo de um adversário em potencial.

Veja aqui o relatório completo do governo.

Reportagem de Steve Gorman em Los Angeles; Reportagem adicional de Pavithra George em Washington; Editado por Will Dunham e Jorge Nunes

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