Pressionados por clientes que têm caído frequentemente em golpes aplicados por meio de aparelhos celulares, os bancos têm cobrado da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) medidas para fechar brechas nos sistemas das operadoras de telefonia que têm sido exploradas pelos golpistas.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) apontou à agência reguladora três pontos de vulnerabilidade nos sistemas que têm prejudicado correntistas das instituições.

Segundo os bancos, em vários casos os fraudadores têm ludibriado os clientes com ligações identificadas com números iguais aos de centrais de atendimento e agências bancárias. Casos assim provocaram perdas de R$ 60 milhões no primeiro semestre deste ano, segundo a Febraban.

Em ofício enviado à Anatel neste ano, a associação afirmou que muitos golpes que envolvem uso de dados pessoais dos clientes para troca de chips de celular têm a cooperação de funcionários e apontou o serviço de SMS como canal frequente para mensagens fraudulentas.

A Febraban enviou ofícios à Anatel para tratar do assunto em setembro do ano passado e novamente em outubro deste ano. Em dezembro, a agência recomendou às operadoras de telefonia alguns ajustes, mas os problemas continuaram, segundo a associação dos bancos.

Com Ricardo Balthazar (interino), Andressa Motter e Ana Paula Branco

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