Em meio à escassez de testes em diversos estados brasileiros, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aguarda pedido do Ministério da Saúde para enviar 15 milhões de testes à pasta. Em contrato firmado em agosto de 2021, ficou acertado que a Fiocruz entregaria ao ministério, até o fim do ano passado, 60 milhões de materiais para testagem da Covid-19. No entanto, até o momento, somente 45 milhões foram enviados.

Segundo a Fiocruz, o ministério ainda não demandou o restante do material. A CNN procurou a pasta para saber porque a entrega ainda não foi feita. Porém, não houve retorno até o momento da publicação desta reportagem.

O teste de antígeno é uma estratégia para ampliar a testagem no país e permitir identificar rapidamente as pessoas infectadas. A partir daí, se pode implantar uma estratégia de rastreamento dos contatos das pessoas que tenham testado positivo para a doença e que também podem ter sido infectados. Com o aumento exponencial do número de casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron, o estoque de testes rápidos está baixo, como é o caso do Rio de Janeiro.

Nesta sexta-feira (7), o governo do estado enviou um ofício ao Ministério da Saúde pedindo o envio de 2,1 milhões de testes rápidos do tipo antígeno. O documento, obtido pela CNN foi assinado por Mário Sérgio Ribeiro, subsecretário de Vigilância e Atenção Primária à Saúde do Rio de Janeiro, e encaminhado a Rodrigo Cruz, secretário executivo do Ministério da Saúde.

Atualmente, há 600 mil testes em estoque, quantidade suficiente para mais uma semana, já que os testes são usados pelas unidades de atendimento do governo do estado e também pelos postos de atendimento dos municípios. Se o pedido for aceito, cerca de 900 mil testes ficariam com a capital e o restante iria para as outras 91 cidades fluminenses.

Nesta semana, as secretarias de saúde do Rio de Janeiro começaram a ampliar os postos de testagem tanto na capital quanto no interior. Em média, estão sendo distribuídas 150 senhas para testagem por dia nas Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) do estado, mas a previsão do governo é de que esse número chegue a 500.

Na primeira semana de 2022, a CNN flagrou filas em diversos locais de testagem tanto da rede pública quanto da rede privada. Em alguns lugares, a disponibilidade de testes ainda é escassa.

* Com a colaboração de Pedro Duran

Fonte: CNN Brasil