A ex-senadora Ingrid Betancourt, que já foi refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) por mais de seis anos, anunciou que retirou sua candidatura a presidente da Colômbia a menos de um mês do pleito. As eleições presidenciais ocorrem no próximo dia 29.

Betancourt fez o anúncio no Instagram, dizendo que havia decidido renunciar para não dividir os votos em um candidato de centro e esperando que Rodolfo Hernández pudesse chegar ao segundo turno das eleições.

Tanto Betancourt quanto Hernández vêm do centro do espectro político colombiano e a corrida presidencial deste ano até agora foi dominada pelos dois candidatos extremistas, o esquerdista Gustavo Petro e o direitista Federico ‘Fico’ Gutiérrez.

Na Colômbia, os dois candidatos mais votados no primeiro turno passam para o segundo turno, marcado para 19 de junho.

Em seu discurso, Betancourt convocou outros centristas a se juntarem à campanha de Hernández, dizendo que esta é a melhor chance de levar um candidato de centro ao segundo turno.

“Esta é a campanha que nos levará à vitória. Faço um apelo a todas as pessoas do centro, que pensam em não votar ou votar nulo: vamos nos unir!”, disse.

Hernández é ex-prefeito de Bucaramanga e era desconhecido de grande parte do eleitorado colombiano até entrar na disputa pela presidência neste ano.

Sua campanha foi comparada às de Donald Trump e Jair Bolsonaro por sua oposição aos partidos políticos tradicionais que dominaram a política colombiana nos últimos 60 anos.

O candidato de esquerda Gustavo Petro é o favorito para vencer o primeiro turno, com cerca de 40% dos votos, segundo as últimas pesquisas. Gutierrez e Hernandez são vistos como os mais bem colocados para se juntar a ele na segunda rodada.

Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.

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Fonte: CNN Brasil