No pico de busca por atendimento de pacientes com sintomas de síndrome gripal no Rio de Janeiro, quase seis mil pessoas se dirigiram às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do governo estadual, em meio à epidemia de Influenza A.

Entre os adultos, o crescimento foi de 2.869%. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde (SES). De acordo com o órgão, esse é o maior número de atendimentos provocados por uma única doença nesses equipamentos desde o início da pandemia de Covid-19.

No estado, dois municípios já reconheceram que a situação evoluiu de surto para epidemia. Além da capital, o município de São João de Meriti admitiu viver situação semelhante. Uma cidade da Baixada Fluminense, na Região Metropolitana, com quase 500 mil habitantes.

De acordo com a SES, a média móvel de atendimentos diários a casos de síndrome gripal nas UPAs da rede na cidade do Rio de Janeiro passou de 173 no período de 15 a 20 de novembro para 4.572,7 entre os dias quatro e sete de dezembro. Um crescimento de 2.647%. Entre as crianças, a taxa foi de 2.037%.

Nas últimas semanas, na cidade do Rio de Janeiro, onde já há pelo menos 23 mil casos de Influenza A confirmados, o número de casos da gripe é 738% maior que o total de confirmações de Covid-19, de acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde.

O estado, por sua vez, destaca que a taxa de positividade para a Covid-19 está em queda no território fluminense. Na semana de 29 de novembro a 5 de dezembro ficou em 2,63%. No entanto, a de Influenza A segue em alta: passou de 10% em meados de novembro para 53% na primeira semana de dezembro.

Depois de uma semana sem vacinação, por conta da falta de imunizantes, a cidade do Rio de Janeiro retomou a campanha de imunização nesta sexta-feira (10), depois de receber 100 mil doses remanejadas pela SES. O município recebeu ainda, nesta sexta-feira, a doação de outras 400 mil vacinas do Instituto Butantan, de São Paulo.

Na quinta-feira (9), a SES informou ter detectado aumento do número de casos em outras quatro cidades: Belford Roxo, Duque de Caxias, Niterói e São Gonçalo. Elas relataram ter baixos estoques e afirmaram ter pedido novas remessas ao governo, mas relatam que não receberam resposta.

A CNN entrou em contato com a pasta, mas ainda não obteve retorno sobre o tema.

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Fonte: CNN Brasil