A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a morte de Hallan Luis Silva Ramos, de sete anos, que caiu da janela de um apartamento, na rua Dona Amélia, no Andaraí, zona norte da capital. O acidente aconteceu na manhã deste domingo (26).
Segundo a Polícia Militar, uma equipe da UPP Andaraí foi acionada e, ao chegar, encontrou a criança no chão do térreo. O policial que atendeu a ocorrência contou que a mãe, Jessica da Silva Ramos, não estava no local.
Ao entrar no apartamento, ele relata que encontrou “um estado lastimável, com bagunça, sujeira e deterioração”, diz no registro de ocorrência à Polícia Civil.
O Corpo de Bombeiros atestou a morte de Hallan ainda no local. A criança estava sozinha em casa com o irmão de nove anos, sem a presença de responsáveis.
O caso foi registrado na Delegacia de Vila Isabel, que tenta localizar os responsáveis pelas crianças. De acordo com a Polícia Civil, a perícia foi feita.
A investigação quer descobrir se houve abandono de incapaz. Para isso, testemunhas e familiares da vítima vão ser ouvidos.
A CNN teve acesso aos primeiros depoimentos. A síndica do prédio, Marilene Inocêncio Marques, que é vizinha de andar da família e madrinha de Hallan, explicou que logo após o acidente, o irmão mais velho foi até a casa dela contar o que havia acontecido.
“Abriu a porta e imediatamente ouviu David dizer as seguintes palavras: o Hallan caiu da janela tentando passar da janela do nosso quarto para a janela do quarto da vó Marise”, diz um trecho do relato.
De acordo com ela, o menino estava em choque. Marilene disse, ainda, que as crianças moravam com a avó – que é cuidadora de idosos e sai todo dia para trabalhar –, com a mãe, e com o tio, além de mais um irmão, de quatro anos.
A vizinha explicou que considera Jessica uma boa mãe mas que ela tem o hábito de deixar as crianças sozinhas ao sair.
Na manhã desta segunda-feira (27), o avô materno das crianças esteve no IML. Ele disse que a mãe das crianças está na casa dele, sedada, e não para de chorar e se questionar se matou o próprio filho.
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Fonte: CNN Brasil