Cerca de 19,1 milhões de brasileiros estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em atraso e não estão completamente protegidos contra a infecção. O número de pessoas que deixaram de receber a primeira dose de reforço chega a 68,6 milhões. Outros 30,2 milhões estão atrasados com a segunda dose de reforço.

Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde, que lança nesta segunda-feira (27) um Movimento Nacional pela Vacinação. A iniciativa prevê ações para ampliar as coberturas de todas as vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

A campanha conta com a distribuição de doses bivalentes contra a doença para o grupo prioritário numa primeira etapa. Na sequência, a vacinação se estenderá para a população que ainda precisa concluir o esquema básico de proteção — primeira e segunda dose e também as doses de reforço.

A maior parte dos imunizantes contra a infecção pelo coronavírus, incluindo as vacinas da Pfizer, AstraZeneca e Coronavac, conta com esquema primário de duas doses. O Ministério da Saúde reforça a importância de se completar o esquema primário e de doses de reforço para aumentar a imunidade contra a doença.

Pesquisas realizadas apontam que a estratégia de aplicação de doses de reforço elevam a efetividade das vacinas para prevenção das formas sintomáticas e graves da infecção pelo coronavírus, principalmente, casos de síndromes respiratórias agudas graves (SRAG), hospitalizações e mortes.

Saiba quantas doses contra a Covid-19 são recomendadas de acordo com sua idade e condição de saúde.

Por que tomar doses de reforço

O avanço no conhecimento científico sobre a imunidade gerada pelas vacinas revelou que a proteção tende a diminuir com o passar do tempo, entre seis e oito meses após a aplicação das duas doses iniciais.

Para resgatar a prevenção contra o agravamento e a morte pela infecção causada pelo coronavírus, a comunidade científica chegou ao consenso sobre a importância da aplicação de doses de reforço.

Estudos mostram que essa estratégia amplia a resposta imunológica e aumenta em mais de cinco vezes a proteção contra casos graves e óbitos pelo coronavírus.

A definição sobre os públicos elegíveis para receber doses de reforço é feita pelo Ministério da Saúde, a partir da recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O público apto a receber doses de reforço tem sido ampliado ao longo da pandemia de acordo com novas evidências científicas que sugerem o benefício das aplicações adicionais.

De acordo com o ministério, as recomendações foram feitas a partir de pesquisas que demonstram que a capacidade de gerar resposta imune, chamada imunogenicidade, após aplicação de doses de reforço heterólogas, com combinação diferente de vacinas contra a Covid-19, foi adequada e superior a esquemas sem doses de reforço.

Fonte: CNN Brasil