16/01/201802h00Dois estudos produzidos pelo governo divergem sobre os efeitos da proteção à contra concorrentes importados de China e Rússia.
Os oito ministros que compõem a Camex (Câmara de Comércio Exterior) darão a palavra final sobre a barreira na quinta-feira (18).
A decisão, que colocou em lados opostos as siderúrgicas e os consumidores de aço no Brasil, como os fabricantes de eletrodomésticos e de carros, também divide o governo.
Estudo elaborado pelo núcleo econômico da Camex, a que a Folha teve acesso, afirma que a proteção teria impacto levemente positivo na produção doméstica de aço (0,05%) e efeito quase nulo sobre a inflação (0,0008% sobre o nível de preços interno). O aço em discussão (laminados a quente) ficaria 0,14% mais caro no Brasil.
O diagnóstico diverge do previsto pelo Ministério da Fazenda. Estudo da secretaria de acompanhamento econômico mostra que o impacto sobre a inflação seria maior (0,09%), fazendo com que eletrodomésticos ficassem até 3% mais caros.
Ambos os documentos afirmam que os importados são parte reduzida do consumo nacional de aço e que a queda da produção doméstica –um dos fundamentos do pedido de proteção feito pelas siderúrgicas– se deve à redução da demanda interna, com a recessão.

Fonte: Folha de S.Paulo