O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou, nesta terça-feira (23), ataques aéreos contra grupos apoiados pelo Irã na Síria. A determinação ocorre um pouco mais de uma semana após vários foguetes atingirem um local perto de uma base militar que abriga tropas dos EUA no nordeste do país.

Os ataques aéreos conduzidos pelos militares estadunidenses tiveram como alvo grupos apoiados pelo Irã em Deir ez-Zor, na Síria, disse o Comando Central dos EUA em comunicado.

As investidas ataques tiveram como mira “instalações de infraestrutura usadas por grupos afiliados à Guarda Revolucionária Islâmica do Irã”, acrescentou o coronel Joe Buccino, porta-voz do Comando Central dos Estados Unidos, na nota.

“Sob a direção do presidente Biden, as forças militares dos EUA realizaram ataques aéreos de precisão em Deir ez-Zor hoje. Esses ataques destinam-se a defender e proteger as forças dos EUA de investidas como as de 15 de agosto por grupos apoiados pelo Irã contra o pessoal americano”, afirmou ele, referindo-se ao atentado da semana passada na base Green Village, perto da fronteira com o Iraque. Esse ataque não resultou em danos ou ferimentos.

Biden, de acordo com o comunicado, “deu a direção para essa operação de acordo com sua autoridade do Artigo II para proteger e defender o pessoal dos EUA, interrompendo ou impedindo ataques de grupos apoiados pelo Irã”.

A base atingida no início deste mês contém um “pequeno número” de forças da coalizão, incluindo membros do serviço dos EUA, relatou um funcionário anteriormente.

Vários dos foguetes não foram lançados e foram recuperados pelo batalhão liderado pelos EUA e pelas Forças Democráticas da Síria. E, no início da semana passada, vários drones foram repelidos em um ataque perto da base At-Tanf, no sul da Síria.

Na época dos ataques da semana passada, a coalizão não disse quem era o responsável por nenhum deles. No entanto, milícias apoiadas pelo Irã na região têm frequentemente como alvo as tropas dos EUA na Síria e no Iraque.

Em janeiro, os militares dos EUA realizaram operações na Síria depois que um fogo indireto representou o que um oficial da coalizão liderada pelos EUA chamou de “uma ameaça iminente” às ​​tropas perto de Green Village.

Os EUA mantêm aproximadamente 900 soldados na Síria, em grande parte divididos entre a base de At-Tanf e os campos de petróleo do leste do país.

*Oren Liebermann, da CNN, contribuiu para esta reportagem.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil