O Banco Central do Brasil revisou a taxa de inflação para 2022 e projeta o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 5,8% para este ano. A informação consta no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira (29). No último relatório, divulgado em junho deste ano, o BC projetava a inflação em 8,8% para este ano.

No mais recente documento, o Banco Central explica que no relatório de junho ainda não haviam sido tomadas as medidas de desoneração de impostos sobre combustíveis, energia elétrica e telecomunicações.

“Estima-se que os efeitos já sentidos até agosto expliquem a maior parte da discrepância entre esse cenário e o que veio a se concretizar. Combustíveis e energia exerceram, por larga margem, as principais contribuições para o desvio da projeção”, destaca o documento.

Apesar da redução de projeção sobre a inflação, o Banco Central admitiu que ainda há a probabilidade de o indicador ficar acima do teto da meta definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

“Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, destaca-se, no cenário de referência, a redução da probabilidade de a inflação ficar acima do limite superior em 2022, que passou de próximo de 100% no Relatório anterior para cerca de 93% neste Relatório”, afirmam.

A meta central de inflação definida pelo CMN foi de 3,5%, com intervalo superior máximo de 5%. Para alcançar a meta, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros, a Selic, como forma de incentivar ou desestimular o consumo. O menor consumo, por exemplo, desacelera a atividade econômica e segura o ritmo de alta da inflação.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que aconteceu na semana passada, o Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 13,75%.

Fonte: CNN Brasil