No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (17), Ricardo Baronovsky abordou a pesquisa do Datafolha com as intenções de voto para as eleições presidenciais de 2022 e a rejeição dos pré-candidatos, divulgada na tarde de quinta-feira.

No levantamento estimulado de intenção de voto, onde são apresentados os possíveis nomes, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 48%. O ex-presidente é seguido por Jair Bolsonaro (PL), com 22%. Sergio Moro (Podemos) aparece na terceira posição com 9%. Ciro Gomes (PDT) tem 7%; João Doria (PSDB), 4%. Nulos e brancos somam 8%, enquanto o índice para os que ainda não sabem chega a 2%.

Para Baronovsky, independentemente do resultado das pesquisas e dos personagens envolvidos, ainda é cedo para apontar favoritos. “A pesquisa é prematura, no penúltimo ano eleitoral. Os últimos 20 anos revelam que quem estava no primeiro lugar não venceu. Quem estava no terceiro ou quarto lugar, muitas vezes alguma surpresa surge e acaba ganhando as eleições.”

“Também [há] um certo desacerto das pesquisas. Temos que trazer uma memória histórica dos últimos anos, não porque é algo doloso ou mal feito. Realmente, os institutos de pesquisa utilizam das fórmulas atuariais e conseguem fazer um bom trabalho, mas cada vez está mais difícil precisar as eleições”, disse.

O professor ressaltou que a falta de atualização do Censo Demográfico, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o aumento das abstenções eleitorais dificultam a entrega de resultados mais compatíveis com o anseio da população.

Baronovsky defendeu que apenas em agosto de 2022, com o início da propaganda eleitoral, as pesquisas poderão apresentar maior confiabilidade e estarem mais próximas da realidade. “É quando saberemos quem são os candidatos, suas propostas e aí teremos maior certeza sobre os resultados das pesquisas”, concluiu.

O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.

As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

Fonte: CNN Brasil