A Austrália vai trabalhar com os membros da Otan para fornecer armas à Ucrânia, disse o primeiro-ministro Scott Morrison a repórteres no domingo.

A medida para intensificar o apoio ocorre depois que o primeiro-ministro disse, na sexta-feira (25), que o país forneceria equipamentos militares e suprimentos médicos “não letais”.

“Já estamos fornecendo um apoio significativo em termos de ajuda não letal, mas acabei de falar com o ministro da Defesa e procuraremos fornecer todo o apoio que pudermos para ajuda letal por meio de nossos parceiros da OTAN, principalmente os Estados Unidos e o Reino Unido”, disse Morrison nos bastidores de um culto religioso para a comunidade ucraniana na Austrália.

“[Nossos parceiros da OTAN] já estão fornecendo apoio nessas áreas e nós os ajudaremos com o que estão fazendo.”

Morrison também disse que a Austrália acelerou o processamento de vistos de ucranianos que desejam entrar na Austrália e fornecerá mais ajuda humanitária em um futuro próximo, descrevendo-a como uma “prioridade máxima”.

“Nosso foco é o que está acontecendo na Ucrânia agora e fornecer o alívio imediato para aqueles que cruzam as fronteiras, já que centenas de milhares de pessoas estão sendo deslocadas e a comunidade mundial trabalhará em conjunto em todas essas questões, preparados para receber cada vez mais e mais como fizemos com o Afeganistão”, disse Morrison.

França também enviará ajuda

A França enviará combustível e equipamentos defensivos para apoiar a resistência ucraniana à invasão russa, disse o governo francês em comunicado no sábado, após uma reunião parcial do conselho de defesa nacional.

A declaração não deu mais detalhes sobre o equipamento defensivo, mas uma fonte do Elysée disse a jornalistas no sábado que isso poderia incluir armas antitanque.

O conselho de defesa nacional também concordou em congelar os ativos financeiros dos russos alvo de sanções e anunciou medidas para “combater a propaganda de influenciadores e da mídia russa em solo europeu”, disse o comunicado.

Não foram dados detalhes sobre essas medidas.

O presidente francês Emmanuel Macron anunciou um “fortalecimento das sanções econômicas e financeiras” em linha com a União Europeia e os EUA, segundo o comunicado.

Entenda o conflito

Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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Fonte: CNN Brasil