A procura por refeições nos restaurantes comunitários mantidos pelo poder público tem aumentado ao longo de 2022.

Levantamento feito pela CNN Brasil, mostra que nas três capitais mais populosas do país, a demanda por café da manhã, almoço ou jantar a preço popular subiu 9,23% no segundo trimestre, se comparado ao mesmo período anterior.

Das cidades pesquisadas, Brasília é a que registra maior evolução. Nos três primeiros meses do ano, os 14 espaços mantidos pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal serviram 2,2 milhões de refeições. No trimestre seguinte, essa soma ultrapassou 2,5 milhões. O dado representa um crescimento de praticamente 15%.

A explicação para esse aumento pode estar no preço dos alimentos. Itens da cesta básica, como o feijão, têm acumulado sucessivos reajustes, conforme reforçou a prévia da inflação do mês (IPCA-15), divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O preço do feijão-carioca variou 4,25% no mês. No ano, acumula alta de 40%.

Na cidade do Rio de Janeiro, o aumento na procura por refeições nos três restaurantes populares administrados pela Secretaria Municipal de Trabalho e Renda foi de 10,2%. Nos espaços, qualquer pessoa pode tomar o café da manhã a 50 centavos e o almoço/jantar sai a R$ 1.

Os restaurantes comunitários são equipamentos públicos, criados por governos municipais, estaduais e do Distrito Federal como política pública de segurança alimentar e nutricional.

Em São Paulo, são 22 equipamentos em funcionamento na capital. As unidades, geridas pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, serviram nos meses de abril, maio e junho 132 mil refeições a mais que os três meses anteriores. Um aumento de quase 5%. Foram 2,9 milhões de atendimentos no segundo trimestre deste ano.

Na capital paulista, o movimento nos restaurantes populares tem aumentado desde 2019. Na época, eram servidas, em média, 26 mil refeições por dia. Hoje esse número passa de 32 mil.

Fonte: CNN Brasil