O Atlético-MG recuperou a tranquilidade na temporada e na Copa Libertadores. Após três empates, não teve atuação brilhante, mas fez o suficiente para derrotar o América-MG por 2 a 1, no Independência, nesta terça-feira (3), no duelo válido pela quarta rodada do Grupo D. Assim, o Galo ficou em situação tranquila na briga por uma vaga nas oitavas de final. Guilherme Arana, Nacho Fernández e Conti marcaram os gols da partida, todos no primeiro tempo.

O triunfo leva o Atlético-MG aos 8 pontos, na liderança da chave, contra os 5 do Independiente del Valle e os 4 do Tolima. Assim, pode até perder a liderança nesta quinta-feira (5), quando esses vão se enfrentar na Colômbia, mas estará em boas condições para obter a classificação nos dois compromissos seguintes. Já o América-MG, com apenas um ponto, está praticamente eliminado.

Autor do gol que abriu o caminho para o triunfo, Arana voltou a se destacar diante do América-MG. Foi o seu quarto gol marcado contra o adversário desde a sua chegada ao Atlético-MG, em 2020. E ele ainda deu o passe para o gol de Nacho. Mas o time deixou o jogo com preocupações, pois perdeu Mariano e Vargas, lesionados.

A vitória fez o Atlético-MG ampliar uma incrível invencibilidade diante do América-MG. São 21 jogos sem perder para o adversário, com 15 vitórias e 6 empates, com o último revés tendo acontecido em 2016.

Além disso, o Galo igualou um recorde histórico na Libertadores. São 17 partidas consecutivas sem derrotas na Libertadores, sequências alcançadas por Sporting Cristal, do Peru, entre 1962 e 1969, e o Flamengo, entre 2020 e 2021. Já a série atleticana começou no ano passado. E pode se tornar um novo recorde em 19 de maio, quando o time vai encarar o Independiente del Valle.

Como foi o jogo

Acostumado a rodar o elenco do Atlético-MG, o técnico Antonio Mohamed dessa vez escalou praticamente o que tinha de melhor à disposição, ainda que com Ademir e Keno, recém-recuperado de cirurgia no olho, no banco de reservas, levando Vargas a ser o escolhido para atuar ao lado de Hulk no ataque.

Já o América-MG, mesmo sendo o mandante do confronto estadual, optou pela cautela, com a escalação de três zagueiros de origem e quatro jogadores leves do meio para a frente –Matheusinho, Felipe Azevedo, Paulinho Boia e Pedrinho–, em um claro indicativo de que apostaria nos contra-ataques.

Mas as ideias traçadas pelos treinadores no pré-jogo deram o tom da partida por poucos minutos, até que talentos, erros individuais e lesões embaralhassem as intenções em campo. Assim, o América até colocou em prática a sua estratégia, conseguindo tirar a velocidade do Atlético no começo do duelo. E chegou com perigo logo aos 8 minutos, quando Paulinho Boia, em rápido avanço da sua equipe, levou Everson a fazer defesa em dois tempos. Porém, aos 13, Juninho errou a saída de bola e Hulk aproveitou. Avançou entre seus marcadores e achou, já dentro da grande área, Arana, que chutou cruzado para fazer 1 a 0.

Em desvantagem, restou ao América apostar em um plano B: atacar. E o time começou a arriscar chutes de fora da área. Foi assim com Patric, Paulinho Boia, Pedrinho e, principalmente, Felipe Azevedo. Era uma equipe muito mais presente no campo ofensivo do que se previa, mas sem ameaçar, de fato, o Atlético.

O time alvinegro, por sua vez, se preocupava mais com os problemas físicos: em 4 minutos, perdeu, lesionados, Vargas e Mariano. Porém, contava com seus talentosos jogadores para ditar o ritmo da partida. Assim, se Hulk não conseguiu aproveitar uma ótima jogada de Nacho, pois adiantou a bola, de frente para Jaílson, o argentino deixou sua marca. Aos 37 minutos, Zaracho acionou Arana. De primeira, o lateral encontrou Nacho na área. Ele bateu de esquerda para fazer 2 a 0.

Poderia ser a tranquilidade para o Atlético, mas o América respondeu no minuto seguinte. João Paulo cobrou escanteio, Everson saiu mal da sua meta e Conti empurrou para o gol, diminuindo a desvantagem do seu time, que lutou muito na etapa inicial, mas sofreu com a eficiência do adversário.

No começo do segundo tempo, o Galo conseguiu controlar a partida, ainda que sem a eficiência que lhe rendeu dois gols no primeiro. Mais bem postado defensivamente, conseguiu barrar as investidas do América-MG, que perdeu Paulinho Boia, lesionado. Mas pecava pelas várias chances de gol desperdiçadas. Parou em Jailson, aos 6 e aos 11 minutos, em disparos de Nacho e Ademir, que também falhou ao 15, de frente para o gol, após ótimo passe de Hulk.

Com o passar do tempo, o Atlético-MG diminuiu a produção ofensiva e passou a errar passes. A partida caiu de nível, pois o América-MG não conseguia exibir muita força no ataque. Ainda assim, assustou em cabeceio de Carlos Alberto, que parou em difícil defesa de Everson. Só que não foi além disso, embora tenha buscado o empate até o minuto final. E foi a equipe atleticana que perdeu mais chances de gol, com Hulk e, principalmente, Keno, que isolou uma oportunidade clara,. Assim, o alívio para o seu torcedor só veio ao apito final da arbitragem.

Agenda

Coincidentemente, Atlético-MG e América-MG voltarão a se enfrentar no sábado (7), às 16h30, mas pelo Campeonato Brasileiro. E com o Mineirão indisponível, a partida precisou ser transferida para o Independência. Na Libertadores, os times só voltarão a atuar em duas semanas. Em 18 de maio, o América-MG visitará o Tolima, na Colômbia. No dia seguinte, o Atlético-MG vai receber o Independiente del Valle.

Fonte: CNN Brasil