Bruno Santos/FolhapressO deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) chega de Nova York no aeroporto de Guarulhos (SP), após ter seu nome citado na delação de executivos da JBS15/01/201802h00O poeta T.S. Eliot (1888-1965) escreveu, em versos célebres, que o fim da civilização aconteceria “não em estrondo, mas num sussurro”. Caso não menos célebre, para os brasileiros, parece que vai terminando de modo semelhante.
A mala com R$ 500 mil, flagrada nas mãos do ex-assessor do Planalto Rodrigo Rocha Loures, uma semana depois de o presidente Michel Temer (MDB) ter indicado seu nome ao empresário Joesley Batista (JBS), ameaçou explodir toda a ordem política pós-impeachment.
O processo, agora, arrasta-se em entrechoques pronunciados a meia voz. Deram-se há pouco, na Polícia Federal, os depoimentos de Rocha Loures e de um executivo da Rodrimar, supostamente beneficiária -assim como a JBS- de um decreto que prolongava o arrendamento de áreas nos portos do país.
O segundo afirma que o primeiro “era um importante intermediário” nas negociações em torno do decreto, editado em 2017. O ex-auxiliar de Temer nega tudo.
Registraram-se, contudo, contatos entre Rocha Loures e o então ministro dos Transportes, Maurício Quintella, discutindo a medida.

Fonte: Folha de S.Paulo