• Sebastian Usher
  • BBC Arábia
26 julho 2022

Atualizado Há 5 horas

Tala Safwan

Crédito, Tala Safwan

Tala Safwan foi presa sob acusação de falar sobre homossexualidade na Arábia, um país extremamente conservador

Uma popular influenciadora egípcia foi presa na Arábia Saudita sob acusação de publicar nas redes sociais vídeos sobre homossexualidade.

Tala Safwan, que tem cinco milhões de seguidores no TikTok e cerca de 800 mil no YouTube, provocou a ira das autoridades sauditas com um vídeo recente que, segundo a polícia, tinha conotação lésbica.

Já Safwan disse que essa não era sua intenção.

A polícia do país extremamente conservador, no entanto, disse que o vídeo “pode prejudicar a moralidade pública”.

A jovem vlogger usa um estilo otimista e descontraído para falar a adolescentes.

Seus vídeos têm títulos chamativos e ela costuma discutir programas de TV ou questões enviadas por seus seguidores — principalmente sobre relacionamentos e situações embaraçosas.

Em resposta às acusações, Safwan afirmou que foi mal interpretada e negou que houvesse qualquer subtexto sobre homossexualidade em seus comentários — um assunto que ainda é um grande tabu na Arábia Saudita.

Ela argumentou que o vídeo foi retirado do contexto com o objetivo de causar um escândalo.

A polícia de Riad anunciou que havia prendido “um morador local” que “apareceu em uma transmissão conversando com outra mulher, e elas discutiam conteúdo sexual e sugestivo, algo que poderia ter um impacto negativo na moralidade pública”.

A polícia não citou exatamente Tala Safwan, mas incluiu um trecho do vídeo com o rosto dela e o de sua amiga borrados.

O episódio ocorre apenas alguns dias depois da entidade saudita reguladora de redes sociais exigir que o YouTube removesse anúncios que as autoridades do país consideram “ofensivos aos valores e princípios muçulmanos”. O governo ameaçou tomar medidas legais se nada fosse feito.

A censura ocorreu após muitos pais da Arábia Saudita reclamarem que seus filhos estavam sendo expostos a conteúdo impróprio em anúncios transmitidos no YouTube.

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Fonte: BBC