A Praça Vermelha, em Moscou, é vista coberta por neve com a Catedral de São Basílio ao fundo — Foto: Alexander Zemlianichenko/APA Praça Vermelha, em Moscou, é vista coberta por neve com a Catedral de São Basílio ao fundo — Foto: Alexander Zemlianichenko/AP

A Praça Vermelha, em Moscou, é vista coberta por neve com a Catedral de São Basílio ao fundo — Foto: Alexander Zemlianichenko/AP

Moscou é uma cidade enorme – são 12 milhões de moradores da capital, fora as muitas outras pessoas que se deslocam da ‘Grande Moscou’ para a cidade todos os dias para trabalhar. E, embora não exista um perigo particular para turistas ou moradores locais, sempre vale usar o bom sendo, como em qualquer cidade grande. Saiba, portanto, como evitar problemas e quais áreas é melhor evitar.

O centro é seguro?

“Fiquei chocado ao ver pessoas usando seus laptops em parques à noite”, diz Nicholas Font, da Argentina, que visitou Moscou em maio. “É claro que tomei cuidado com meus pertences, mas não tinha medo de carregar minha mochila no centro da cidade.”

O centro da cidade – bem grande, por sinal – é geralmente adequado e seguro para passeios. Os pedestres desfrutam de calçadas largas e o tráfego de carros é relativamente calmo. Há policiais turísticos (que falam inglês), sem falar da polícia comum. De todo modo, é recomendável manter documentos e dinheiro mais escondidos. A Praça Vermelha e as ruas Nikolskaya e Arbat são os pontos mais turísticos, por isso vale a pena ficar com atenção redobrada para batedores de carteira.

Lembre-se de que em Moscou a polícia pode pará-lo para checar sua identidade. Mas, a menos que tenha cometido algum tipo de crime, não há com o que se preocupar: apenas mostrar passaporte e visto. “Me pediram para mostrar meu passaporte e visto três vezes. Uma vez em São Petersburgo e duas em Moscou”, contou Ghazali Khan, de Dubai, ao Russia Beyond. “A polícia na Rússia é educada e profissional. A maioria deles não fala inglês, mas entende seus gestos”, completou.

Mulher caminha durante nevasca em frente ao Kremlin, sede do governo russo na Praça Vermelha, em Moscou — Foto: Yuri Kadobnov/AFPMulher caminha durante nevasca em frente ao Kremlin, sede do governo russo na Praça Vermelha, em Moscou — Foto: Yuri Kadobnov/AFP

Mulher caminha durante nevasca em frente ao Kremlin, sede do governo russo na Praça Vermelha, em Moscou — Foto: Yuri Kadobnov/AFP

Dá para andar na rua à noite?

Você já ouviu a expressão “Moscou nunca dorme”? É a mais pura verdade. O centro da capital tem movimento 24 horas por dia, e mesmo nos bairros mais distantes é provável que se veja pessoas saindo até tarde da noite. Numa sexta ou sábado à noite, há mais gente nas ruas à noite do que durante o dia. Obviamente, quando está 20 graus Celsius negativos no inverno, não é tão divertido quanto no verão, mas a única vez em que Moscou fica realmente deserta é na manhã de 1º de janeiro.

De acordo com uma pesquisa recente realizada pelo “The Economist”, Moscou figura em 37º lugar dentre as 60 grandes cidades do mundo em seu Índice de Cidades Seguras (Tóquio, Cingapura e Osaka lideram a classificação). Em outras palavras, a capital russa está na média aceitável quando se trata de segurança.

Os subúrbios são perigosos?

A polícia registra mais crimes no centro do que em outros lugares da cidade. Por exemplo, 2.846 crimes – sobretudo assaltos – foram registrados em 2018 no distrito central de Presnenski, entre Arbat e a zona empresarial Moscow City. Ainda assim, segundo o Ministério Público, esses números caíram 20% desde o ano passado.

As zonas periféricas da cidade, com exceção dos distritos de Marino e Perovo, são geralmente consideradas seguras. Para quem deseja ver como os moscovitas comuns vivem, não hesite em pegar o metrô e ir até Vladikino, por exemplo. Apenas verifique a rota com antecedência, pois dificilmente encontrará falantes de inglês no caminho.

E o transporte público e os táxis?

Quando a Rússia sediou a Copa do Mundo em 2018, houve muitas histórias de taxistas cobrando quantias astronômicas aos turistas – às vezes até mil dólares – pela viagem do aeroporto ao centro. Para evitar surpresas desagradáveis, evite os táxis do aeroporto e opte por serviços como Uber ou Yandex Taxi – além disso, pague com cartão, e não com dinheiro. Por esses aplicativos, você verá o custo da viagem no momento da reserva e isso não será alterado quando chegar ao destino.

O custo do trajeto de um dos aeroportos internacionais para o centro de Moscou não deve custar mais de US$ 30 (a menos que encomende um carro de luxo). Embora também seja possível pegar táxis oficiais no aeroporto, eles serão significativamente mais caros do que utilizar os carros de aplicativo.

Transportar-se pela cidade de metrô, ônibus ou trólebus é, em geral, bastante conveniente. O metrô de Moscou é um dos sistemas de transporte subterrâneo mais confiáveis ​​e seguros (sem falar da beleza) do mundo. Os trens são novos e circulam em intervalos curtos, e há policiais em todas as estações.

Gabriel Infante Carrillo, do México, lembra que, quando foi pegar o metrô de Moscou, teve que passar sua mochila em uma máquina de raio-X. “Não fiquei surpreso, sabia de antemão que isso poderia acontecer devido a razões de segurança.”

O transporte terrestre utiliza faixas especialmente alocadas e, enquanto o ônibus não chega, dá para aproveitar os pontos de ônibus “inteligentes”, com rede Wi-Fi, tomadas elétricas e programação eletrônica das rotas em latim.

Mulheres podem viajar sozinhas?

É raro alguém em Moscou incomodar mulheres na rua ou abordá-las, especialmente se virem que se trata de uma turista estrangeira.

Os homens russos costumam ser mais contidos, e, mesmo que gostem de uma garota, recusar educadamente seus avanços é geralmente mais que suficiente.

Fonte: G1