A favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, com UPP instalada no alto — Foto: ReutersA favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, com UPP instalada no alto — Foto: Reuters

A favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, com UPP instalada no alto — Foto: Reuters

O Departamento de Estado dos Estados Unidos manteve a classificação em nível 4 – o de “não viaje” – para turistas que viajam para determinadas áreas do Brasil, como cidades-satélites do Distrito Federal, fronteiras e favelas.

(CORREÇÃO: o G1 errou ao dizer que os EUA elevaram o nível de alerta de segurança. Na verdade, o governo americano republicou nesta terça-feira as suas recomendações de segurança para viajantes ao Brasil, como faz periodicamente, e manteve restrições que já existiam. A informação foi corrigida às 22h24).

O indicativo acontece devido ao aumento do número de crimes no país, justifica o governo americano. Os níveis de classificação vão de 1 a 4.

As favelas brasileiras são citadas especificamente no relatório. O governo americano diz que os turistas não devem passear pelas comunidades mesmo com visitas guiadas.

“Nem as empresas de turismo, nem a polícia podem garantir sua segurança ao entrar nessas comunidades. Além disso, tenha cautela nas áreas próximas a essas comunidades, pois ocasionalmente os combates entre gangues e os confrontos com a polícia ultrapassam os limites”, diz o relatório.

O indicativo de “não viaje” também abrange as regiões administrativas de Brasília, mantendo recomendação anterior. O departamento de Estado americano cita nominalmente as cidades satélites de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá. E diz que os turistas não devem frequentá-las entre 18h e 6h, “devido ao crime”.

Parada de ônibus em Ceilândia, no DF. Local já registrou tentativa de feminicídio — Foto: TV Globo/Reprodução Parada de ônibus em Ceilândia, no DF. Local já registrou tentativa de feminicídio — Foto: TV Globo/Reprodução

Parada de ônibus em Ceilândia, no DF. Local já registrou tentativa de feminicídio — Foto: TV Globo/Reprodução

O nível 4 também se aplica às fronteiras brasileiras com a Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e Paraguai. São aconselhadas viagens ao Parque Nacional de Foz do Iguaçu e ao Parque Nacional do Pantanal.

Funcionários do governo dos Estados Unidos também só podem visitar esses locais com autorização prévia.

Crimes violentos

Exceto as áreas determinadas de nível 4 – favelas, fronteiras e cidades-satélites de Brasília –, a nota brasileira, no geral, está no nível 2, o de “maior cuidado”.

Segundo o relatório, o Brasil registra “crimes violentos, como assassinato, assalto à mão armada e roubo de carros”, que são comuns nas áreas urbanas, de dia e à noite.

“A atividade de gangues e do crime organizado são generalizadas. E assaltos são comuns. Os funcionários do governo dos EUA são desencorajados a usar ônibus públicos municipais em todas as partes do Brasil devido ao risco elevado de assalto e agressão a qualquer hora do dia e principalmente à noite”, diz o texto.

Em nota, o Ministério do Turismo brasileiro disse que um “Sistema de Segurança Turística” está em construção, sem detalhar a proposta. No site da pasta, um texto institucional explica que o documento consiste na “sistematização de políticas e ações que promovam o bem-estar de visitantes”, também sem especificar o sistema.

Conselhos do governo americano aos turistas no Brasil:

  • Fique de olho ao seu redor
  • Não resista fisicamente a nenhuma tentativa de assalto
  • Tenha cuidado ao caminhar ou dirigir à noite
  • Evite caminhar nas praias depois de escurecer
  • Não exiba sinais de riqueza, como usar relógios ou jóias caras
  • Seja extremamente vigilante ao visitar bancos ou caixas eletrônicos
  • Tenha cuidado nos principais centros de transporte ou nos transportes públicos, especialmente à noite. Os passageiros enfrentam um risco elevado de roubo ou assalto usando transporte público de ônibus municipal em todo o Brasil
  • Tenha mais cuidado ao caminhar em áreas isoladas

Violência mata 32 crianças e adolescente por dia no Brasil

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Fonte: G1

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