14/01/201802h00Contratar pessoas que estão no espectro do autismo pode ser, mais do que uma iniciativa para gerar inclusão social, uma vantagem para a organização.
Essa é a crença da empresa social Specialisterne, de origem dinamarquesa e no Brasil há dois anos.
A companhia capacita, em curso de cinco meses, pessoas com autismo para que trabalhem no mercado de tecnologia da informação.
Para participar dos cursos, o aluno deve ter interesse por informática e algumas características valorizadas pelo mercado que costumam estar presentes em pessoas com autismo, como facilidade para trabalhar com atividades repetitivas, atenção a detalhes e boa memorização, explica Fernanda Lima, diretora de formação da empresa.
“O espectro do autismo é muito amplo e nosso programa é muito específico, para pessoas que tem um autismo de alto-funcionamento.”
As aulas acontecem sempre com psicólogos na sala, para ajudar os alunos a perceberem onde podem melhorar. Eles também têm uma seção semanal de coaching para desenvolver habilidades sociais e realizam atividades em grupo.
Até agora, 300 pessoas demonstraram interesse pela formação. Dessas, cerca de 50 foram aprovadas e 30 contratadas por outras companhias após a capacitação.

Fonte: Folha de S.Paulo