O Brasil planeja eliminar a exigência de vistos para que americanos entrem no país, disse nesta quarta-feira o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG). 

Em entrevista à agência Reuters, ele afirmou que o objetivo da decisão é ajudar a indústria de turismo brasileira. Não há expectativa de que os Estados Unidos façam uma ação semelhante e eliminem a exigência de visto para os brasileiros

“Nossa intenção é realmente eliminar os pedidos de visto para americanos”, disse o ministro.

Segundo ele, a medida faz parte de um plano para os cem primeiros dias de governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas ainda não há data para ela ser implementada —a definição, segundo Antônio, será do Ministério de Relações Exteriores. 

Atualmente, um americano que deseja visitar o Brasil precisa de um visto para entrar no país, que pode ser válido por dois anos e custar US$ 44 (R$ 164,13) ou US$ 160 (R$ 593,83) por dez anos. Os valores são semelhantes aos cobrados dos brasileiros pelo governo americano. 

O Brasil atualmente adota o princípio da reciprocidade para o assunto, o que significa que os americanos que vem ao país enfrentam exigências semelhantes às aplicadas por Washington para brasileiros que pretendem ir aos EUA. 

Antônio criticou essa lógica e disse que os governos do PT aumentaram a burocracia para a retirada de vistos por estrangeiros.  

“A esquerda tratou os Estados Unidos como adversários, mas não nosso governo”, disse ele. “O presidente Bolsonaro quer acolher os Estados Unidos como um parceiro do Brasil”.   

O ministro afirmou que também estão sendo analisados a dispensa de visto para cidadãos do Canadá, do Japão e da Austrália, mas que não há uma definição sobre isso. 

Ele disse ainda que planeja duplicar até 2023 a verba disponível para fazer propaganda do Brasil no exterior, para mais de US$ 34 milhões (R$ 126,8 milhões).

Além disso, afirmou que pretende alcançar a meta de de praticamente duplicar o número de visitantes estrangeiros no país em quatro anos, passando dos atuais 6,6 milhões anuais para 12 milhões até 2022.

Fonte: Folha de S.Paulo