O presidente destituído da Catalunha, Carles Puigdemont, declarou hoje (19), em entrevista à Catalunha Rádio, que é possível governar a distância, graças às novas tecnologias.
“Entre ser presidente e ser presidiário, prefiro ser presidente, porque acredito que assim posso servir melhor à Catalunha”, afirmou Puigdemont, que está autoexilado na Bélgica desde o final de outubro do ano passado, quando o governo espanhol o destituiu e suspendeu temporariamente a autonomia da região.
Até o momento, Puigdemont não tem intenções de voltar à Espanha já que, no país, pesa contra ele uma investigação por crimes de rebelião e desvio de verbas públicas. Caso vá para a Espanha, será imediatamente preso.

Saiba MaisRajoy diz que é inviável Puigdemont ser presidente da Catalunha a distância
A candidatura de Puigdemont para reassumir o cargo de presidente da Generalitat (governo catalão) a distância é controversa. O primeiro-ministro, Mariano Rajoy, e políticos catalães contra o separatismo já declararam que recorrerão ao Tribunal Constitucional caso o Parlamento aceite a posse de Puigdemont.
O partido do ex-presidente – Juntos pela Catalunha (JuntsxCAT) – analisa duas opções de posse a distância: ou delegando seu discurso a outro deputado, ou por skype.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de exercer um governo efetivo estando em outro país, Puigdemont afirmou que segue em constante contato com seus ex-conselheiros em Barcelona e que os grandes projetos empresariais e de investigação hoje em dia são comandados por meio das novas tecnologias.

Fonte: Agência Brasil