O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, manifestou apoio à possível adesão de oficiais das Forças Armadas da Venezuela ao movimento que tenta derrubar o presidente venezuelano Nicolás Maduro e permitir que o presidente da Assembleia Nacional, o deputado venezuelano Juan Guaidó, assuma interinamente o poder.

“Saudamos a adesão de militares à Constituição e ao [autodeclarado] presidente Juan Guaidó. É necessário o mais pleno respaldo ao processo de transição democrática de forma pacífica”, escreveu Almagro, nas redes sociais.

Partidários da oposição venezuelana reagem ao gás lacrimogêneo perto da Base Aérea "La Carlota", em Caracas, Venezuela.

Partidários da oposição venezuelana reagem ao gás lacrimogêneo perto da Base Aérea “La Carlota”, em Caracas, Venezuela. – Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Direitos Reservados

A mensagem do secretário-geral da OEA foi divulgada poucos instantes após Guaidó divulgar uma mensagem em vídeo afirmando ter obtido o apoio de oficiais das Forças Armadas para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder. No mesmo vídeo, Guaidó conclama a população a sair às ruas para se manifestar contra o governo de Maduro. A partir daí, milhares de venezuelanos contrários e favoráveis a Maduro tomaram as ruas da capital, Caracas, e de outras cidades venezuelanas.

Segundo sites de notícias do país, há relatos de confrontos entre manifestantes e forças de segurança – até o momento, sem informação de feridos.

O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre a situação. O presidente Jair Bolsonaro vai reunir no início da tarde de hoje (30) ministros de Estado e o vice-presidente Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto, para tratar da situação na Venezuela. Devem participar os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Defesa, Fernando Azevedo, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

Há pouco, o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, disse que o governo brasileiro está reunindo informações sobre o que está ocorrendo na Venezuela. “Precisamos ver a dimensão disso”, afirmou.

Fonte: Agência Brasil