A Fifa anunciou nesta terça-feira a continuidade da regra de suspensão de contratos formulada para proteger a saúde financeira dos clubes ucranianos em razão da guerra na Ucrânia. A medida, em vigor desde março deste ano, após os primeiros movimentos da invasão russa ao país vizinho, continuará valendo para a próxima temporada europeia, que começa em julho.

A solução da Fifa permite que jogadores e técnicos estrangeiros vinculados a clubes ucranianos suspendam seus contratos por até um ano e atuem por outros times, já que o campeonato local foi parou por causa da guerra. O mesmo vale para o Campeonato Russo, que não foi paralisado, mas teve um alto volume de profissionais pedindo para deixar os times pelos quais atuavam no país.

“Essas provisões dão aos jogadores e treinadores a oportunidade de treinar, jogar e receber um salário, enquanto protegem os clubes ucranianos e facilitando a saída de jogadores e treinadores estrangeiros da Rússia”, afirmou a Fifa em comunicado, ao anunciar o prolongamento da medida.

O anúncio vem no momento em que os clubes da Ucrânia demonstram preocupação com a chegada janela de transferências europeia. O Shakhtar Donetsk, por exemplo, afirmou que empresários de jogadores estavam tentando explorar a incerteza sobre o futuro do clube para “levar jogadores embora de graça”. A Federação Ucrânia afirmou, no início deste mês, que o campeonato nacional deve ser retomado em agosto.

O Shakhtar, aliás, tem uma vaga garantida na fase de grupos da Liga dos Campeões e pretende disputá-la com um elenco formado por jovens jogadores ucranianos. O time é conhecido pela grande quantidade de brasileiros que costuma ter em seu elenco. Com o início da guerra, muitos voltaram para o Brasil, como Júnior Moraes e Maycon, que estão no Corinthians, e Vitão e Alan Patrick, hoje jogador do Internacional. Outros, contudo, estavam esperando a janela europeia abrir.