SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Freddy Rincón, morto aos 55 anos em decorrência dos ferimentos que sofreu em um acidente de carro, recebeu homenagens de centenas de fãs no velório realizado em Buenaventura, sua cidade natal, nesta sexta-feira (15).

O corpo do ex-jogador será novamente velado neste sábado (16), em Cali, no estádio Pascual Guerrero, sede do América de Cali, um dos primeiros clubes da sua carreira. O enterro está previsto para as 18h, no horário local (20h de Brasília).

Campeão em diversos clubes, destaque da grande geração de jogadores de futebol da Colômbia e lembrado por sua passagem no Corinthians, clube em que venceu o Mundial de Clubes de 2000, Rincón foi internado com traumatismo cranioencefálico e passou por cirurgia depois de o veículo em que estava ser atingido por um ônibus na madrugada de segunda-feira (11) em Cali.

De acordo com as autoridades locais, o carro desrespeitou um sinal vermelho em alta velocidade e foi atingido lateralmente. Duas mulheres que estavam no carro tiveram ferimentos leves. Na noite de quarta (13), já madrugada de quinta (14) no Brasil, a morte de Rincón foi anunciada.

Enquanto os fãs prestam suas homenagens, a polícia investiga as causas do acidente e suspeita que havia uma quarta pessoa no carro, ainda não identificada -o traumatismo craniano sofrido por Rincón leva as autoridades a supor que Rincón estava no banco de passageiro da frente do veículo, próximo ao local de impacto com o ônibus.

Sebastián Rincón, filho do ex-jogador, afirmou em entrevista à imprensa local que o pai não dirigia o carro no momento da colisão e que espera que o suposto motorista do veículo seja sincero sobre as circunstâncias do acidente.

Nos últimos dias, diversos clubes -como os brasileiros Corinthians, Palmeiras, Santos e Cruzeiro- e entidades e personalidades do mundo do futebol lamentaram a morte do ex-jogador e o homenagearam.

O ex-técnico colombiano Francisco Maturana disse que sente a morte de Freddy Rincón como a perda de um filho e elogiou a habilidade e a personalidade do jogador, cuja carreira ele ajudou a impulsionar.

“Não posso separar Freddy de toda a família da seleção porque ele é um filho. Todos esses meninos são meus filhos, e estou orgulhoso deles”, disse o técnico de 73 anos.

Maturana foi um dos primeiros treinadores de Rincón e o dirigiu na equipe histórica dos anos 1990, que disputou três Copas do Mundo (1990, 1994 e 1998) e também era composta por Valderrama e Asprilla.

A Federação Colombiana de Futebol exaltou a carreira do ex-jogador e lembrou que Rincón foi o primeiro atleta do país a vestir a camisa do Real Madrid. “Uma perda lamentável para nosso esporte. Sentiremos saudades e nos lembraremos dele com grande carinho, apreço, respeito e admiração.”

A Prefeitura de Cali declarou luto oficial de três dias, e o presidente da Colômbia, Iván Duque, prestou suas condolências.

“Foi e sempre será um grande ídolo do futebol colombiano. Obrigado por toda essa magia e essa força que nos inspirou e nos encheu de momentos inesquecíveis”, escreveu Duque no Twitter.