Foto12 Leonardo Claudio da Rosa Família faz “Vakinha” para traslado de brasileiro morto na China
O estudante universitário Leonardo Cláudio da Rosa, de 23 anos, estudava o idioma mandarim na China (Foto: Redes Sociais)

O gaúcho Leonardo Cláudio da Rosa fazia intercâmbio no país e foi encontrado sem vida na cidade de Chongging, durante viagem de férias 

O estudante Leonardo Cláudio da Rosa, conhecido pelos amigos como Léo do Beleléu, fazia intercâmbio universitário na China, a partir de uma bolsa que ganhou junto ao Instituto Confúcio, e morreu no sábado (13), na cidade de Chonqging, enquanto fazia uma viagem durante as férias. As circunstâncias de sua morte ainda estão sob investigação, com o acompanhamento próximo da família e da Embaixada do Brasil em Pequim. O jovem era aluno da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e especializava-se no idioma mandarim.

Natural de Caxias do Sul, Leonardo tinha 23 anos e ingressou na UFRGS em 2015. No momento, a UFRGS acompanha e aguarda as recomendações do Ministério de Relações Exteriores do Brasil e da Embaixada na China. Os órgãos estão acompanhando a investigação policial que está em andamento para apurar as circunstâncias do falecimento, bem como tratando sobre o traslado do corpo para o Brasil.

“É com pesar que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul confirma o falecimento de Leonardo Cláudio da Rosa, aluno de graduação em Letras (Licenciatura Português/Francês). Leonardo se encontrava em mobilidade acadêmica internacional em Pequim, China, por meio de uma bolsa de estudos na Communication University of China (CUC). O aluno estava estudando língua e literatura chinesas nos semestres de 2018/2 e 2019/1, dentro de um programa gerenciado pelo Instituto Confúcio na UFRGS, e com bolsa oferecida pela CUC e pela Hanban, fundação vinculada ao Ministério da Educação da China”, diz a nota de falecimento da UFRGS.

. Campanha beneficente:

Na terça-feira (23), foi iniciada no website Vakinha a campanha beneficente: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/650887; cujo objetivo é angariar R$ 40 mil (US$ 10.600) para as despesas com o traslado do corpo do estudante. Até a tarde de sexta-feira (26), haviam sido arrecadados R$ 38.764,04.

“Optamos por fazer uma cerimônia de cremação e com suas cinzas, realizar um ritual de memória e de despedida no Brasil. Nós não temos condições financeiras de arcar com as despesas que incluem o traslado do corpo de Chongqing para o Brasil, repatriação do corpo, a cerimônia de cremação, taxas de manutenção do corpo no necrotério, taxas da funerária e outras despesas associadas, como a locomoção e permanência de pessoas que estão cuidando do caso na China e a volta dessas pessoas, além do envio de seus pertences ao Brasil. Infelizmente, as instituições envolvidas não têm como auxiliar financeiramente neste processo, de modo que só podemos contar com a solidariedade das pessoas que o amavam, que o admiravam, que tiveram a oportunidade de conhecê-lo em vida ou que se sensibilizaram por sua trágica partida. Estamos estimando em torno de 40 mil reais os custos associados a esse processo todo.

Queremos dar um destino adequado ao corpo do nosso amigo, que foi uma inspiração para tanta gente. Em vida, Léo cultivou uma existência de amor, generosidade, criatividade, alegria, paz e liberdade, e queremos homenageá-lo com nossa mobilização coletiva. Na China, ele estava trilhando um caminho promissor, recebendo diversas premiações como melhor estudante de mandarim, participando de diversos projetos, tentando divulgar e aproximar as culturas chinesa e brasileira e cultivando diversos sonhos e ambições que infelizmente foram tragicamente interrompidos pela sua partida. Neste momento, nos cabe buscar a união e o afeto para lidar com a situação e incorporarmos em nossas vidas os melhores princípios que ele nos inspirava, de busca por uma vida plena e boa para todo mundo. O Léo morreu muito vivo, e sua memória nos pede que a gente viva por ele, da melhor forma que pudermos.

Contamos com sua ajuda. Família, amigos e amigas do Léo. Obs: Todo o valor arrecadado que exceder os custos relativos ao processo de repatriação e de luto do corpo do Léo será destinado a entidades beneficentes com as quais ele tinha afinidade, como instituições que atuam pela defesa e inclusão de pessoas LGBTs e na área de educação”, diz a postagem no .Vakinha.

Fonte: Brazilian Voice