O ex-policial de Palm Beach Gardens, Nouman Raja, foi considerado culpado por homicídio e tentativa de homicídio em primeiro grau no tiroteio que matou Corey Jones, um motorista negro, na I-95 em 2015.

Com o veredicto dado na manhã desta quinta-feira, 7, Raja se torna o primeiro policial na Flórida a ser condenado por um tiroteio em serviço em 30 anos. Foi questionado também pela promotoria a atitude do policial pela vítima ser negra e o modo como ele conduziu a abordagem que levou à morte do motorista.

Em outubro de 2015, Corey Jones estava parado ao lado de uma rampa de saída da Interstate 95 em Palm Beach Gardens depois que seu veículo, um SUV, quebrou. Ele aguardava o reboque. O policial chegou para averiguar e disse que a vítima estava armada e que teria ameaçou atirar antes de correr.

“(Jones) tinha uma arma prateada na mão direita”, disse Raja. “Eu saí. Eu vi ele sair com uma arma. Eu dei a ele comandos. Eu me identifiquei e ele se virou, apontou a arma para mim e começou a correr. Eu atirei nele.” Essa foi a alegação dele quando ligou para a polícia momentos depois para contar o ocorrido.

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De acordo com depoimento da promotoria, o policial estava em serviço, mas não usava roupas que o identificavam como oficial, o que pode ter ajudado a assustar a vítima que teria pensado que o policial pudesse ser um ladrão.

Os advogados de defesa argumentaram que Raja, de 41 anos, atirou em Jones em legítima defesa. Jones, que tinha uma permissão de armas escondida, teria puxado a arma. Raja ainda usou sua arma pessoal para atirar em Jones porque a arma de seu departamento estava em seu coldre dentro da van, relata o depoimento.

De acordo com o processo, três dos seis tiros que foram disparados atingiram Jones – um em cada braço e outro no peito. Apesar de ter mais de sete anos de experiência como policial, Raja agiu “de maneira taticamente insegura, insegura e negligente”, segundo o júri.

Além disso, os investigadores determinaram que a arma de Jones estava carregada, mas estava com a trava de segurança, o que descarta que ele tivesse atirado.

Depois que o veredicto foi lido, Raja foi algemado e colocado sob custódia. Ele estava em prisão domiciliar desde que foi acusado em junho de 2016 e enfrenta um mínimo de 25 anos de prisão perpétua. A sentença está marcada para o próximo mês. Com informação da WPTV.

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Fonte: Gazeta News