EUA querem 2 anos para identificar crianças separadas dos pais na fronteira

Imigrantes detidos em McAllen, Texas, em junho de 2018. (Foto: U.S. Customs and Border Protection/ Rio Grande Valley Sector).

A administração Trump quer até dois anos para encontrar milhares de crianças separadas de suas famílias na fronteira no ano passado. De acordo com o governo, a tarefa é ainda mais difícil agora que as crianças não estão mais sob sua custódia.

O Departamento de Justiça disse em um tribunal na sexta-feira (5) que levará pelo menos um ano para revisar cerca de 47 mil casos de crianças desacompanhadas sob custódia do governo entre 1 de julho de 2017 e 25 de junho de 2018. Um dia antes do fim desse período, o juiz Dana Sabraw parou a prática de separar famílias.

O governo fornecerá informações sobre famílias separadas em uma base contínua para a American Civil Liberties Union, que entrou com o processo para reunir famílias e criticou o cronograma proposto no sábado (6).

“Nós nos opomos fortemente a um plano que pode levar até dois anos para localizar essas famílias”, disse Lee Gelernt, o principal advogado da ACLU. “O governo precisa fazer disso uma prioridade”.

Sabraw ordenou no ano passado que mais de 2.700 crianças em atendimento governamental em 26 de junho de 2018 se reencontrassem com suas famílias, o que foi em grande parte realizado. Então, em janeiro, o órgão interno de vigilância do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA informou que milhares de outras crianças podem ter sido separadas desde o verão de 2017. O inspetor geral do departamento disse que o número exato era desconhecido.

O juiz determinou no mês passado que ele poderia responsabilizar o governo por famílias que foram separadas antes de sua ordem de junho. Ele pediu ao governo que apresentasse uma proposta para as próximas etapas. A audiência está marcada para 16 de abril.

A grande maioria das crianças separadas é liberada para parentes, muitos dois quais não são os pais. Das crianças liberadas no ano fiscal de 2017, 49% foram para os pais, 41% para parentes próximos, como uma tia, tio, avós ou irmão adulto e 10% para parentes distantes, amigos da família e outros.

O modelo proposto pelo governo para sinalizar crianças que ainda estão separadas tem como maior prioridade a metade que não foi liberada para os pais. Outros sinais de provável separação incluem crianças menores de 5 anos, crianças menores viajando sem um irmão e aquelas que foram detidas no setor de El Paso, Texas, onde a administração realizou um programa de testes que envolveu a separação de 300 membros de julho a novembro de 2017.

Sábado marcou o aniversário da política de “tolerância zero” do governo para processar criminalmente todos os adultos que entram no país ilegalmente pelo México. A administração recuou em junho em meio a um alvoroço internacional, geralmente isentando adultos que vêm com seus filhos. A política agora se aplica apenas a adultos solteiros. Com informações da Associated Press.

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Fonte: Gazeta News