A Ethiopian Airlines vai reduzir as operações entre Addis Abeba e São Paulo e Buenos Aires no mês que vem. Os voos para Guarulhos e Ezeiza não serão mais diários e, sim, três vezes por semana. Além disso, haverá dois  voos semanais apenas da Etiópia ao Brasil, sem extensão à Argentina, às terças e quintas. Este foi o principal assunto da entrevista dos diretores da companhia ao Melhores Destinos hoje, em São Paulo.

As mudanças terão início no dia 9 de março. Para compensar em partes a perda dos voos, as operações até Buenos Aires passarão a ser realizadas com Boeing 777-200LR que possui maior capacidade que os atuais 787 Dreamliner. Nos voos apenas a São Paulo, o 787 continuará a ser usado.

Os executivos da companhia defendem que a mudança foi uma estratégia para melhorar o equilíbrio financeiro, de olho também no aumento do preço do combustível de aviação, variação do dólar e o novo governo. A oferta de voos deve diminuir algo em torno de 15%. “Queremos entender como o mercado vai reagir. Não é de forma alguma perda de interesse no país mas, sim, equilibrar a oferta com lucro e receita”, explicou Raphael de Lucca, atual Diretor de Vendas da empresa.

Para este ano, a principal ideia da companhia é focar na melhoria da Classe Executiva, tanto para os passageiros frequentes que voam a trabalho, como o passageiro de lazer que busca mais conforto no voo. A classe disponibiliza experiências diferenciadas, fazendo com que o cliente conheça um pouco mais da cultura do país etíope sem sair do avião.

Diretores da Ethiopian Airlines no Brasil

Aeroporto de Addis Abeba

A expansão do terminal do Aeroporto de Addis Abeba, na Etiópia, deixou os executivos da Ethiopian bastante otimistas. Os problemas estruturais faziam com que alguns passageiros pensassem duas vezes antes de adquirir uma passagem para a Ásia ou Europa com a companhia, considerando as longas conexões no local. Há relatos afirmando que não havia nem internet Wi-Fi disponível. Com a reforma, muita coisa melhorou e a companhia quer apostar nisso para atrair mais clientes com stopover pela capital etíope.

“Queremos atrair mais pessoas para conhecerem a cultura da Etiópia. É o único país da África que não foi colonizado e é o segundo mais populoso, perdendo somente para a Nigéria. Há muitos pontos a serem explorados e, para atender a demanda, dezenas de hotéis foram construídos em Addis Abeba”, ressaltou o Diretor.

Números da Ethiopian

O ano de 2018 foi bastante positivo para a Ethiopian. Com um crescimento de 21% e 11 milhões de passageiros transportados, o lucro líquido chegou a US$ 243 milhões, enquanto a receita de operações foi de US$ 3,18 bilhões. O objetivo da companhia é que até 2025 a receita aumente para US$ 10 bilhões, além de 120 destinos internacionais, 140 aeronaves e 22 milhões de passageiros transportados.

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Fonte: Melhores Destinos