SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O bilionário Elon Musk confirmou ter recusado um encontro com Bill Gates para falar sobre filantropia após descobrir que o cofundador da Microsoft tinha “posições vendidas” contra a Tesla —investimento que aposta na queda das ações de uma empresa.

O anúncio veio após o jornal New York Times publicar capturas de tela que mostram a troca de mensagens entre os dois empresários. Após ser confrontado por um usuário no Twitter na última sexta-feira (22), Musk confirmou que as imagens eram verdadeiras.

“Sim, mas eu não vazei para o NYT. Devem ter conseguido através de amigos de amigos. Ouvi de várias pessoas no TED que Gates ainda tinha meio bilhão [em investimentos] contra a Tesla, e é por isso que perguntei a ele, então não é exatamente secreto”, publicou.

Pelas imagens vazadas, é possível ver que Musk confirma o dia e horário do encontro sugerido por Bill Gates, respondendo com um “Ótimo”. Numa outra mensagem, o dono da Tesla então pergunta se ele ainda tinha US$ 1 bilhão (R$ 4,73 bilhões) apostando na desvalorização da empresa.

“Sinto em dizer que não encerrei [o investimento]”, responde Gates. “Eu gostaria de discutir possibilidades de filantropia”, acrescenta.

Musk então responde: “Desculpe, não posso levar a sério sua filantropia em relação às mudanças climáticas quando você tem uma enorme posição vendida contra a Tesla, a empresa que mais faz para resolver as mudanças climáticas”.

No mesmo dia, o bilionário ainda debochou da aparência de Gates numa publicação em que o compara com o emoji de homem grávido —recém lançado pela Apple. “Caso você precise perder uma ereção rapidamente”, escreveu.

Em fevereiro de 2021, Bill Gates fez elogios e críticas a Musk numa entrevista ao New York Times. Na época, o cofundador da Microsoft destacou que não era uma boa ideia subestimá-lo.

“É importante dizer que o que Elon fez com a Tesla é uma das maiores contribuições para as mudanças climáticas que alguém já fez”, afirmou.

No entanto, Gates também chegou a dizer que a Tesla estava fazendo coisas fáceis e que era preciso atuar de modo a impactar mais a crise do clima, combatendo outras indústrias.

“Basicamente, nós não estamos fazendo o suficiente nas coisas difíceis: aço, cimento, carne”, disse. “E, infelizmente, as coisas em que as pessoas pensam —eletricidade, carros de passeio— são um terço do problema. Então temos que trabalhar nos outros dois terços”, acrescentou.

Fonte: MSN