Até 2021, a imigração legal nos Estados Unidos terá reduzido em 49%, considerando as ações tomadas por Donald Trump desde que se tornou presidente, aponta estudo da Fundação Nacional para a Política Americana.
Os cortes na imigração legal ocorrem em várias categorias e de diferentes maneiras e, de acordo com uma nova análise, a redução vai impactar diretamente no crescimento econômico do país nos próximos anos.
A Fundação Nacional para a Política Americana projeta que o número de imigrantes legais diminuirá 49% (ou 581.845) entre os anos de 2016 e 2021, devido às atuais políticas de administração. (Do total de 1.183.505 no período de 2016 até 601.660 no de 2021.)
“O crescimento médio anual da força de trabalho, um componente essencial do crescimento econômico da nação, será aproximadamente 59% menor como resultado das políticas de imigração do governo, se as políticas continuarem”, segundo a análise da Fundação Nacional para a Política Americana. “O crescimento econômico é crucial para melhorar o padrão de vida, o que significa que níveis mais baixos de imigração legal trazem consequências significativas para os americanos”.
Economistas da Universidade de Oxford e do Citi concluíram que, sem os imigrantes contribuindo para a quantidade e qualidade da oferta de mão-de-obra, a maioria dos ganhos de crescimento econômico que os Estados Unidos viram entre 2011 e 2016 após a última recessão não teria acontecido.
Os economistas Pia Orrenius e Chloe Smith, do Federal Reserve Bank de Dallas, descobriram que, sem imigração, a economia dos EUA lutaria para crescer. “A desaceleração do crescimento da força de trabalho é o produto de vários fatores – o envelhecimento da população dos EUA, a aposentadoria dos baby boomers e a queda nas taxas de natalidade”, escreveram. “Mas outro elemento é a imigração. Os imigrantes e seus filhos contribuíram com mais da metade do crescimento da força de trabalho nas últimas duas décadas. A economia se expande com o crescimento da força de trabalho e sua produtividade. Devido à aposentadoria dos baby boomers e ao envelhecimento da população em geral, a imigração desempenhará um papel ainda maior no crescimento da força de trabalho daqui para frente do que no passado. Ausentes aumentos compensatórios no crescimento da produtividade, menos imigração, portanto, se traduzirão diretamente em um crescimento mais lento do produto interno bruto. ”
Outro exemplo, a categoria “Parentes imediatos de cidadãos dos EUA”, deve diminuir em mais de 50% entre o período de 2016 e o de 2021, o que significa cerca de 300.000 cônjuges, filhos e pais de cidadãos dos EUA a menos que teriam se reunido até 2021. Atualmente, os portadores de visto H-1B e muitos parentes próximos de cidadãos dos EUA não podem vir para a América.
Dentre as políticas mais responsáveis pelo declínio da imigração legal estão a proibição de viajar contra países principalmente muçulmanos, a entrada de pais de cidadãos dos EUA (e outros) e a regra de cobrança pública projetada principalmente para impedir a imigração com base em parentesco.
Refugiados (incluindo a Lei de Ajuste Cubana): Espera-se que o número de refugiados que ganham residência permanente (cartão verde) diminua significativamente do ano fiscal de 2016 para o ano fiscal de 2021. Os refugiados solicitam e geralmente recebem residência permanente (green card) um ano após sua chegada. Para o ano fiscal de 2020, Trump estabeleceu um teto anual para refugiados 84% menor que o último ano do governo Obama (de 110.000 para 18.000) e, em 17 de julho de 2020, apenas 7.848 refugiados chegaram aos Estados Unidos em 2020.
Em suas estatísticas, o Departamento de Segurança Interna (DHS) inclui cubanos em liberdade condicional nos Estados Unidos que, depois de esperar um ano (ou mais), solicitaram e receberam residência permanente sob a Lei de Ajuste Cubano. As novas políticas da administração Trump que afetam os cubanos e a continuação de certas práticas da era Obama reduziram o número de cubanos.
Asilados: como os refugiados, asilados recebem residência permanente um ano ou mais após a aprovação. O governo Trump impediu os centro-americanos de solicitarem asilo na fronteira e fez muitas outras mudanças que devem reduzir o número de solicitantes de asilo aprovados a cada ano.
Legalização por meio de parentesco: A proclamação presidencial de 22 de abril de 2020 que suspendeu a entrada de imigrantes que apresentam risco para o mercado de trabalho dos EUA no pós pandemia, pareceu projetada para impedir a legalização de parentes de cidadãos dos EUA, incluindo filhos e cônjuges. À isso, soma-se a regra da carga pública, em que se exige a comprovação de condições financeiras para conceder a permanência legal e a redução do número de funcionário dos serviços de imigração.
Vistos de Trabalho: único tipo de visto que não vai diminuir devido às mudanças que incluem imigrantes não utilizados dos vistos por parentesco poderão aplicar para a categoria baseada no emprego no ano fiscal 2021. Isso indica que deve haver aumento de cerca de 40% na concessão dos vistos para trabalhadores. Com informações da Forbes.
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Fonte: Gazeta News