O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em entrevista à Band exibida neste domingo, 12, que não foi ele quem tentou flexibilizar o teto de gastos. “Tinha preferido fazer o waiver”, repetiu o ministro. Em outubro, Guedes disse que era melhor uma “licença para gastar” para viabilizar a criação de programas sociais em 2022.

Ao avaliar as mudanças na regra do teto de gastos, Guedes disse que o espaço aberto “acabou” e não “sobrou nada para fazer política”, citando especificamente as emendas de relator do orçamento (RP9).

Sobre essas emendas, Guedes disse que elas não foram criadas sob a gestão de Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), na presidência da Câmara dos Deputados. O ministro disse que elas foram criadas “lá atrás” e que o valor reservado agora para os parlamentares é menor quando comparado à época da gestão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara.

Do espaço aberto, Guedes disse que R$ 55 bilhões serão consumidos pelo Auxílio Brasil e os R$ 8 bilhões restantes, em suas contas, para a desoneração da folha de pagamentos. O novo programa social, segundo Guedes, vai abranger 17 milhões de famílias, com, em média, três membros cada. Nenhuma família, disse, receberá menos de R$ 400.

Na entrevista, Guedes também voltou a dizer que o apoio de Bolsonaro ao seu programa econômico “não é de 99%” como diria o presidente. “É bem menor”, comentou o ministro, que em outro momento da entrevista falou que o apoio seria abaixo de 60%.