A guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos se intensificou nos últimos dias e, como consequência, os mercados estão agitados. Nesta segunda-feira (13), o dólar opera em alta chegando a bater R$ 4 diante do risco no exterior, com uma escalada das tensões entre as duas maiores potências mundiais, após Pequim anunciar plano de retaliar o aumento tarifário de Washington.

A moeda americana subia 0,87%, vendida a R$ 3,9797 na segunda-feira. Na máxima do dia, o dólar bateu R$ 4,0047. Na sexta-feira (10), o dólar recuou 0,17%, vendida a R$ 3,9452. Na semana passada, no entanto, o dólar teve leve avanço de 0,16%. No ano, acumula alta de 1,83%.

A guerra comercial também afeta a Bolsa de São Paulo – a queda chegou a cair 92.031 pontos, mais de 2%. Os principais índices de Wall Street também tinham queda de mais de 2% nesta segunda-feira, com o receio de que outra ronda de aumentos “olho por olho” possa empurrar a economia americana para a recessão.

Com a extensão da disputa comercial, os investidores esperam que as tarifas aumentem os custos corporativos, diminuam as margens de lucro e dificultem a capacidade das empresas de planejar ou fazer despesas de capital, destaca a Reuters.

Entenda

A China afirmou nesta segunda-feira (13) que vai ajustar as tarifas sobre uma lista revisada de produtos dos Estados Unidos avaliados em 60 bilhões de dólares, com taxas adicionais de 20% a 25% em retaliação ao aumento pelos EUA das tarifas em vigor sobre 200 bilhões de dólares em produtos chineses.

Um total de 5.140 produtos americanos ficarão sujeitos a várias taxas a partir de 1 de junho, disse o Ministério das Finanças em um comunicado nesta segunda-feira.

Uma tarifa adicional de 25% será cobrada sobre 2.493 produtos, incluindo gás natural liquefeito, disse o ministério, e uma tarifa adicional de 20% será cobrada sobre outros 1.078 produtos.

Pequim estabeleceu anteriormente impostos adicionais de 5% e 10% para 5.207 produtos norte-americanos no valor de 60 bilhões de dólares em setembro, e alertou na época que responderia a qualquer tarifa mais alta imposta por Washington aos produtos chineses.

“O ajuste da China nas tarifas adicionais é uma resposta ao unilateralismo e ao protecionismo dos EUA”, disse o ministério. “A China espera que os EUA voltem ao caminho certo do comércio bilateral e das consultas econômicas e se encontrem com a China com um meio-termo.” (Com informações do G1 e Sunsentinel)

Fonte: AcheiUSA