Mary Hellen Coelho da Silva foi presa na Tailândia Reprodução

© Reprodução Mary Hellen Coelho da Silva foi presa na Tailândia Reprodução

A defesa da brasileira Mary Hellen Coelho Silva, de 22 anos, condenada a 9 anos e seis meses de prisão por tráfico de drogas na Tailândia, analisa a possibilidade de entrar com um pedido de perdão real para o monarca Maha Vajiralongkorn. A jovem foi presa no dia 14 de fevereiro com outros dois brasileiros no aeroporto de Bangkok com um total de 15,5 kg de cocaína em malas. As informações são do Uol.

De acordo com a advogada Kaelly Cavoli Moreira, o pedido de perdão real poderá ser feito no dia 28 de julho, quando Vajiralongkorn faz aniversário. Durante a celebração da data, ele costuma conceder absolvição para detentos por diversos crimes.

“Nós ainda estamos aguardando receber a sentença do Consulado [da Tailândia] porque depende disso para analisarmos a condenação e formularmos um pedido”, afirmou Cavoli em entrevista ao Uol. Os advogados da jovem analisam ainda um pedido de extradição para que Mary Hellen cumpra a pena no Brasil.

“Mas esta possibilidade ficará posterior ao pedido [de perdão real]. Vamos fazer todos os pedidos pertinentes nos momentos adequados”, explicou Cavoli.

No último dia 12, a defesa de Mary Hellen divulgou a sentença da jovem, que foi proferida no domingo (8). “A gente teve uma pena muito positiva, melhor do que a gente esperava. Nós estávamos contando com 50 anos de prisão, mas já tínhamos descartado a pena de morte e a prisão perpétua. Estamos caminhando para uma pena humana, o mundo precisa ir na contramão de penas desumanas”, relatou Cavoli.

Mary Hellen recebeu essa pena porque a Tailândia mudou a lei contra o tráfico de drogas, em 2021. Atualmente, a transgressão pode ser penalizada com até 15 anos de detenção.

Suspeita de aliciamento detida

A Polícia Federal prendeu no último dia 5 uma mulher suspeita de aliciar os brasileiros detidos por tráfico de drogas na Tailândia. O mandado de prisão preventiva foi executado em Curitiba (PR) e faz parte da Operação Ong Bak.

Por conta disso, o advogado Telêmaco Marrace, que também representa Mary Hellen, afirmou que “abre caminho para a extradição” da jovem.

Ele destacou que a brasileira foi feita de “mula” pois não sabia que tinha cocaína dentro da sua mala quando entrou na Tailândia.

“Nada prova também que a Mary Hellen sabia do conteúdo da mala. Ela provavelmente foi no emaranhado da trama, mas localizando quem emitiu a droga, muda um pouco a questão.”

Fonte: MSN