SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Acontece desde às 10h, no saguão do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, o velório do ator Pedro Paulo Rangel, morto na madrugada desta quarta-feira (21) após uma longa batalha contra um enfisema pulmonar descoberto em 2002. O artista estava internado no CTI da Casa de Saúde São José, na zona sul do Rio, desde o dia 30 de novembro.

Aberto ao público, o velório acontece até às 13h e depois o corpo segue para o Cemitério da Penitência, no Caju, zona portuária da cidade, onde será cremado em cerimônia fechada para amigos e familiares.

Com mais de 50 anos de carreira, Rangel participou de produções marcantes na Rede Globo, entre elas as novelas “Saramandaia”, “Vale Tudo” e “Belíssima”, além de humorísticos como “TV Pirata” e “Os Aspones”. Um de seus trabalhos favoritos na tela da Globo foi a série “Som e Fúria”, dividida com Andréa Beltrão e Felipe Camargo.

Rangel protagonizou o primeiro nu masculino da TV brasileira na novela “Gabriela”, além de ser uma das primeiras figuras a ter se assumido publicamente homossexual na Globo. No teatro, compôs o elenco de obras marcantes, entre elas o clássico da contracultura “Roda Viva”, com o Grupo Oficina.

Antes de ser internado, o artista cumpria temporada de seu solo autobiográfico “O Ator e o Lobo” na Casa de Cultura Laura Alvim, também no Rio. Em cena, Rangel dizia ter medo da morte, embora já a sentisse próxima.