FSA Coronavirus test Coronavírus já matou mais de 1 mil pessoas nos EUA
As mortes por coronavírus nos EUA podem atingir o pico em três semanas, segundo as autoridades sanitárias

Vários governadores pediram que Trump assinasse a Lei de Produção de Defesa para acelerar a disponibilidade de equipamentos essenciais de saúde

Enquanto o número de mortos por coronavírus nos EUA já superou 1 mil trabalhadores, os profissionais de saúde estão adotando medidas cada vez mais desesperadas para combater o vírus. O New York Bellevue Hospital Center, em Manhattan (NY), criou um necrotério improvisado usando tendas e caminhões refrigerados. No Elmhurst Hospital Center, em Queens (NY), 13 pacientes morreram de coronavírus em 24 horas. Na Califórnia, o número de casos está dobrando a cada três a quatro dias. Na Louisiana, onde os profissionais de saúde estão fazendo máscaras com material de escritório, espera-se que os hospitais fiquem sem camas dentro de duas semanas.

Se mais camas não estiverem disponíveis, “não teremos recursos para salvar as vidas que precisamos”, disse a ex-secretária de saúde da Louisiana, Dra. Rebekah Gee. “É por isso que esses pedidos de estadia em casa são tão importantes”.

Os EUA têm mais de 74 mil casos de coronavírus e pelo menos 1.046 pessoas morreram. O maior número de mortes relatadas em um único dia ocorreu na quarta-feira (25), com 223 mortes.

Entretanto, “ainda não vimos o auge da crise”, disse Gee.

As mortes por coronavírus nos EUA podem atingir o pico em três semanas, disse a epidemiologista. Desesperado por máscaras protetoras, a médica relatou que os profissionais de saúde estão fazendo furos nas capas de plástico dos escritórios e passando as cordas por esses furos.

“Acho que o mais preocupante é o fato de precisarmos de mais ventiladores de respiração”, disse ela. “E isso é algo que o Governo Federal precisa intervir e resolver”.

Vários governadores pediram que o Presidente Donald Trump assinasse a Lei de Produção de Defesa para acelerar a disponibilidade de equipamentos essenciais de saúde. Nesta semana, Trump e a Agência Federal de Gerenciamento de Emergências (FEMA) deram informações conflitantes sobre se a lei estava sendo usada. Enquanto os estados lutam por recursos, o vírus continua se espalhando por todo o país.

“Tenho certeza de que esse vírus está presente em quase toda parte”, disse o Dr. William Schaffner, professor de doenças infecciosas do Centro Médico da Universidade Vanderbilt. “Mas como é denso, como é amplo; ainda não sabemos. Ainda não testamos o suficiente”, afirmou. “Se pudéssemos testar muito mais, teríamos uma idéia muito melhor de como esse vírus está se espalhando”.

O fechamento generalizado de empresas nos EUA para tentar controlar o surto levou a um número recorde de trabalhadores a solicitar o auxílio desemprego.

Fonte: Brazilian Voice