Mais de mil estudantes brasileiros que conseguiram bolsas em universidades dos Estados Unidos estão pedido ajuda do Ministério das Relações Exteriores. Eles podem perder o benefício por causa das restrições de concessão de vistos para entrada no país; os consulados e a embaixada norte-americana no Brasil estão com o serviços praticamente paralisados.

Além disso, está proibida a entrada de brasileiros em território americano; antes de desembarcar nos Estados Unidos, é preciso fazer quarentena de 14 dias em outro país que não esteja com as restrições. Patrick Mendes e Gabriela Carvalho fazem parte do grupo que enviou a carta ao Itamaraty; juntos, eles conseguiram uma bolsa de 90 mil dólares para fazer MBA na Califórnia. Depois de pedir demissão dos empregos e vender a casa onde moravam, eles acabaram não conseguindo viajar em 2020.

Um ano depois, a situação é a mesma: as aulas começam em julho e eles não têm previsão de ida. “A gente já tinha vendido todas as nossas coisas, voltamos a morar com nosso pais. Depois de casados, cada um voltou para a casa dos pais. Hoje, estamos morando no Airbnb. Então a gente está no Airbnb, não é nada nosso, pequenininho. Um ano depois estamos na mesma situação”, contam. Uma alternativa que tem sido procurada por esses estudantes é agendar entrevistas de visto em representações americanas em outros países, como no Chile e no Equador. O problema é que, além de aumentar os gastos dos estudantes, as vagas nesses países também estão acabando; como explicam Patrick e Gabriela.

“A segunda opção que o pessoal estava fendo era ir para outro país, então fazer a quarentena e tirava o visto também. Só que isso não está sendo uma opção, diversos países estão cancelando e países que estão fechando a fronteira. A gente tem um horário no Equador, que seria o nossos plano B, mas acabamos de saber que a Avianca cancelou todos os voos até junho, então é incerto o que está acontecendo. O plano B acaba não sendo uma coisa certeira”, afirmam. A Embaixada e o consultado dos Estados Unidos no Brasil informaram que estão prestando apenas serviços essenciais e que as entrevistas rotineiras estão suspensas. Até agora, não há data prevista para o retorno das atividades. Enquanto isso, além da carta ao Itamaraty, os alunos tem tentado resolver a situação com as universidades americanas, pedindo ajuda para conseguir os vistos, manter as bolsas de estudo ou até mesmo por aulas online. // Jovem Pan.

Fonte: Brazilian Press