Seis seleções entram em campo pelas Eliminatórias Sul-Americanas nesta terça-feira ainda brigando por uma vaga na Copa do Mundo do Catar. Diante da já classificada Argentina, a Colômbia joga suas últimas fichas pela classificação, enquanto o Uruguai tem jogo-chave para reagir na disputa. Peru e Equador, por sua vez, fazem confronto direto e o vencedor dará um passo importante rumo ao Mundial. Com chances remotas, a Bolívia sonha com o improvável para carimbar o passaporte.

Seguindo os passos da seleção brasileira, a Argentina, que está sem Lionel Messi, deve aproveitar o duelo com a Colômbia, às 20h30 (de Brasília), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires, para fazer ajustes na equipe que está sendo montada para a Copa do Catar. A ausência do craque argentino é um dos elementos que alimentam a esperança do rival. Os colombianos estão na sexta colocação, a primeira fora da zona de classificação, com 17 pontos. A equipe precisa vencer e torcer por tropeços de Uruguai e Peru para retornar ao G-4. Messi estava com covid-19 e já se recuperou. Ele defendeu nesta segunda o PSG na Copa da França.

“É um rival que vai arriscar tudo. Eles terão a iniciativa e não podemos falhar. Se atacarem com muita gente, vão deixar espaços e assim estaremos melhor ofensivamente”, disse o técnico da Argentina Lionel Scaloni em entrevista coletiva nesta segunda-feira.

Antes da 15ª rodada, a Colômbia dependia apenas de si para entrar no G-4 das Eliminatórias. No entanto, a seleção acabou sendo derrotada, perdendo de 1 a 0 para o Peru, diante de um Estádio Metropolitano de Barranquilla lotado na última rodada. Alvo da fúria da torcida, Rueda precisou sair de campo escoltado para não ser acertado por garrafadas. O duelo com a Argentina promete ser duro, uma vez que o time albiceleste só perdeu 1 de seus 8 jogos como mandante.

CONFRONTO DIRETO EM LIMA – O triunfo diante da Colômbia colocou a seleção peruana na quarta colocação, com 20 pontos. A equipe conta com uma vitória no confronto direto com o Equador, às 23h (horário de Brasília), no Estádio Nacional de Lima, no Peru, para colocar uma mão na classificação. Caso vença seu compromisso e Colômbia e Bolívia tropeçarem, os peruanos precisarão de apenas mais 1 ponto para ir à Copa. O Peru visita o Uruguai e recebe o Paraguai nas duas últimas rodadas.

“Vamos enfrentar um time bem posicionado que acaba de fazer um bom jogo com o Brasil. O que vem é mais uma final”, disse o técnico Ricardo Gareca, que comanda o Peru desde 2015 e o levou à Copa do Mundo de 2018, na Rússia, o primeiro que a equipe jogou desde o Mundial de 1982, na Espanha. “O grupo já está empolgado com o que quer, que são os três pontos, então vamos com muita humildade e calma. Estamos focados no Equador”, disse.

Do outro lado do confronto, o Equador depende apenas de si para ir à Copa do Catar. Uma vitória em Lima e a seleção comandada pelo jovem técnico Gustavo Alfaro estará classificada para o torneio em novembro. Contra a regularidade da campanha equatoriana está o retrospecto recente do adversário. O Peru venceu os últimos quatro jogos contra o Equador nas Eliminatórias e também venceu seus três últimos duelos como mandante na atual disputa.

“Para mim é um dos jogos mais importantes da minha carreira, como o do Brasil”, disse Alfaro. “Sabemos que vamos enfrentar um rival que tem feito as coisas muito bem e que tem lutado pela mesma coisa pela qual lutamos”, acrescentou.

MIRANDO A REAÇÃO – Com apenas uma vitória nos últimos cinco jogos, o Uruguai ainda se apoia na boa campanha feita no início das Eliminatórias para não ver a vaga para o Mundial do Catar lhe escapar pelos dedos. Com 19 pontos, o time do técnico Diego Alonso, recém-contratado para substituir Óscar Tabárez, que comandou a equipe celeste por 15 anos, ocupa o quinto lugar, garantindo-se momentaneamente na repescagem. O treinador estreou com vitória diante do Paraguai, fora de casa, e espera repetir o feito diante da lanterna Venezuela, em Montevidéu, às 20h (horário de Brasília), no Estádio Centenário. Um tropeço do Peru colocaria o time de Luis Suárez e Cavani no G-4.

“Temos de aproveitar o fato de jogarmos em casa, de termos o apoio do povo, mostrar a todos os jogadores que estamos preparados para tudo, para vencer, buscar a vitória, buscar a classificação”, disse Alonso.

MATAR OU MORRER – O duelo dos desesperados da rodada fica por conta do embate entre Bolívia e Chile, em La Paz, às 17 horas (de Brasília). Em sétimo e oitavo, com 16 e 15 pontos, respectivamente, Chile e Bolívia precisam de um milagre para chegar a uma das quatro vagas para a Copa. Além de vencer, o Chile precisa torcer por uma derrota do Uruguai e um tropeço da Colômbia para alcançar a quinta colocação e garantir momentaneamente a disputa na repescagem. Ainda assim, terá duas pedreiras nas duas últimas rodadas: Brasil, fora de casa, e fecha as Eliminatórias recebendo o Uruguai.

Goleado por 4 a 0 na última rodada pela Venezuela, a Bolívia precisa de uma combinação de resultados ainda mais improvável. A equipe precisa vencer e torcer pelas derrotas de Colômbia, Uruguai e Peru. Neste cenário, pularia para a sexta colocação, ficando a dois pontos do G-4 e um atrás do quinto colocado, podendo apostar em um confronto direto com a Colômbia na penúltima rodada, fora de casa. Os bolivianos encerram a jornada pela vaga no Catar recebendo a seleção brasileira.