Após sair do quadro de funcionários da Globo, emissora na qual trabalhou por 35 anos, Cléber Machado está planejando seus próximos passos. Em breve contato com o Estadão, o narrador de 60 anos afirmou que “está bem e pensando em projetos futuros”, porém sem revelar maiores detalhes. No momento, prefere se resguardar, mas deve abordar o assunto com mais calma na próxima semana.

Muitos profissionais que faziam parte da cobertura esportiva da Globo e deixaram a empresa se reinventaram no mercado. Alguns têm se aventurado na internet, como Galvão Bueno, principal narrador da emissora até deixá-la no final do ano passado, após a Copa do Mundo.

Galvão abriu um canal no YouTube na semana passada e firmou uma parceria com a CBF para transmitir o amistoso entre Brasil e Marrocos deste sábado. Durante a transmissão, terá a companhia de Tino Marcos e Casagrande, também ex-funcionários da Globo.

A saída de Cléber Machado foi anunciada na quarta-feira. A última narração dele o foi durante a disputa da Supercopa do Brasil, vencida pelo Palmeiras diante do Flamengo, em Brasília, por 4 a 3. Na ocasião, a equipe da transmissão esteve in-loco para acompanhar o duelo dos times brasileiros.

Embora seja lembrado principalmente por narrar as partidas dos clubes paulistas de futebol, Cléber também participou de uma série de transmissões dos mais variados esportes, como automobilismo, basquete, vôlei, atletismo, boxe, entre outros.

Narrou momentos icônicos como Mike Tyson mordendo a orelha de Evander Holyfield e deixou frases marcantes na história, caso do “hoje não”, ao lamentar a forma como Michael Schumacher ganhou o GP da Áustria após Rubens Barrichello ceder a vitória na reta de chegada. Na última Olimpíada, narrou os ouros de Isaquias Queiroz, Ana Marcela Cunha e Martine Grael e Kahena Kunze.