Uma equipe de cientistas desenvolveu um tratamento para a diabetes com ultrassom, descartando assim a necessidade de tomar medicamentos ou de injetar insulina como forma de controlar a doença crônica.

Os resultados foram divulgados na revista Nature Biomedical Engineering e citados pela revista Galileu. 

No decorrer do estudo, os investigadores usaram o ultrassom para estimular as vias neurometabólicas dos pacientes, prevenindo assim ou revertendo a diabetes.

No total, os investigadores testaram o método em três modelos pré-clínicos distintos, medindo o efeito do tratamento na glicose no sangue.

“Embora já tenhamos uma grande variedade de medicamentos antidiabéticos disponíveis para tratar altos níveis de glicose, estamos sempre à procura de novas maneiras de melhorar a sensibilidade à insulina na diabetes”, disse Raimund Herzog, líder de laboratório da Escola de Medicina de Yale, nos Estados Unidos, que realizou o estudo junto a outras instituições.

Para efeitos da pesquisa, explica a revista Galileu, os cientistas utilizaram uma técnica denominada de estimulação de ultrassom com foco periférico (pFUS) com o intuito de modular uma via nervosa entre o fígado e o cérebro, impossibilitando ou mitigando estados de hiperglicemia em modelos com diferentes espécies de animais.

De acordo com os investigadores, o canal iônico TRPA1 revelou ser fundamental na reprodução dos estímulos do ultrassom dentro do “circuito de controle do metabolismo” das cobaias.

O tratamento terá suscitado bons resultados, descurando assim a necessidade de medicação extra. 

Atualmente, os investigadores pretendem realizar testes de viabilidade em humanos diabéticos para aproximar a medicina de uma realidade na qual não haverá mais necessidade de injetar a insulina ou fazer testes de glicose.