Melhorar a pontaria e fazer mais gols e, ao mesmo tempo, buscar um jogo com a defesa passando intacta. Essas são as duas missões que o técnico Rogério Ceni tem nas próximas 48 horas para o time desencantar diante do América-MG, domingo, no Morumbi.

São quatro empates seguidos do time no Brasileirão. Em todos eles, com o mesmo enredo: um primeiro tempo arrasador, com amplo domínio e muitos gols perdidos, e uma segunda etapa “cansada” e deixando escapar as vitórias.

“É preciso mais ambição para ganhar os jogos. Quando tem oportunidade de ganhar é preciso ganhar o jogo, porque nós vamos sofrer em alguns jogos. Nós não ganhamos um ponto em Curitiba. Deixamos dois pontos lá”, disse o treinador. “”Não falta empenho, dedicação, não há cansaço, mas existe um bloqueio psicológico. É preciso jogar mais simples, mais objetivo para fazer 2 a 0, 3 a 0 e vencer a partida.”

Calleri saiu dizendo após o 1 a 1 com o Coritiba, que quem leva gols não ganha muitos jogos. O atacante tem total razão e os números mostram isso. Reorganizar a defesa vem sendo missão ingrata para Ceni. Apenas nos 4 a 0 sobre o Athletico-PR, na estreia, que o time passou 90 minutos sem levar gols. Do mais, foi vazado nos outros nove jogos da competição. Seja com dois ou três zagueiros.

No ataque a vida são-paulina também não anda fácil. Calleri deixa sua marca, mas a equipe não tem fome para ampliar o placar. Ora por falta de capricho, ora por ‘inveja’ do argentino, os homens de frente estão desperdiçando oportunidades de ouro por não bater bem ou por evitar um companheiro mais bem posicionado. Outra tarefa para Ceni ajustar.

O rodízio também não anda dando certo e Calleri precisa de um parceiro definitivo na frente. Por um entrosamento melhor e para as chances serem criadas também após o intervalo.