Um casal brasileiro que vive em Coconut Creek enfrenta uma longa batalha contra o lúpus e amigos se uniram para ajudá-los.

Mayco Silva, de Alto Jequitibá, Minas Gerais doou um de seus rins em 2013 para a esposa, Cynthia Cássia Braz, de Belo Horizonte. Cynthia foi diagnosticada com lúpus em 2010 e logo depois sofreu falência renal. Depois de ficar três anos na fila do transplante sem sucesso, o próprio Mayco resolveu doar um de seus rins para a esposa.

Depois do transplante, Cynthia voltou a ter uma vida normal. No entanto, em dezembro de 2018, Cynthia precisou ser internada novamente e continua internada no North Broward Hospital. Seu corpo estava rejeitando o rim doado pelo marido.

Cynthia voltou à estaca zero, faz hemodiálise três vezes por semana e médicos estão traçando um novo plano. Sua condição se estabilizou e os médicos estão considerando tirar o rim doado para acabar com a rejeição. O remédio contra a rejeição baixa o sistema imunológico de Cynthia, o que pode ser fatal em caso de infecção. Mas pouco a pouco, Cynthia está repondendo bem ao processo de tirar o remédio e a esperança é que ela tivesse alta ainda nesta quarta-feira (27).

O irmão de Cynthia no Brasil fará os exames para ver se é compatível a fazer nova doação. Caso seja compatível, terá que tentar o visto para vir para os Estados Unidos.

Meses sem trabalhar

Mayco é o único provedor da família e além dos problemas de saúde da esposa, enfrenta problemas com sua permissão de trabalho.

O mineiro entrou nos Estados Unidos pelo México em 2005. Em 2011, quando voltava do trabalho, um carro bateu no carro de Mayco e ele acabou sendo preso pela imigração por quase um mês.

“Como minha esposa estava doente, eles autorizaram a minha saída para preparar minhas coisas para irmos embora. No entanto, ela teve pneumonia e não podia entrar no avião. Desde então, consegui renovar minha autorização de trabalho por causa da situação de saúde de minha esposa”, relatou Mayco. “No ano seguinte conseguimos um seguro de saúde e foi quando descobri que era compatível para a doação. A imigração então permitiu que eu ficasse mais um ano para o transplante. Todo o ano conseguimos renovar a permissão de trabalho”.

No ano passado, quando Mayco renovou sua permissão de trabalho, demorou três meses para chegar. Nesse tempo, seu empregador continuou pagando pelo seguro e Mayco pagou de volta depois. “No entanto, este ano minha advogada disse que eu posso ficar até sete meses parado e a empresa não vai poder segurar tanto tempo”, disse Mayco, que trabalha em uma empresa de eventos em Boca Raton.

Ou seja, além de ficar sem trabalhar por meses, Mayco precisará arcar com o valor de um seguro saúde por fora para manter o tratamento de Cynthia.

Amigos criaram uma campanha no GoFundMe para que o casal consiga arcar com os gastos dos próximos meses.

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Fonte: Gazeta News