Nas últimas semanas, as redes sociais dos brasileiros que moram nos Estados Unidos foram invadidas por uma “história que chocou a comunidade”. De acordo com as denúncias, Júlio Cézar Cuel, de 44 anos, teria cometido crime de pedofilia contra duas meninas, uma de sete e outra de 12 anos, em New Jersey. As supostas vítimas são filhas de um primo dele.

Júlio reside nos Estados Unidos há aproximadamente três anos e, depois que as acusações se tornaram públicas e chegaram à polícia, ele desapareceu e é considerado um foragido da justiça.

O repórter investigativo Thathyanno Desa conseguiu conversar com ele e divulgou a entrevista em seu programa Lado a Lado com a Verdade, no GNews USA.

De acordo com o acusado, essas denúncias são falsas. “Eu não abusei de nenhuma criança. Posso sim ter falado algumas coisas que foram apresentadas em alguns vídeos, conversando com a menina, pois em alguns vídeos ela fala em inglês. Eu não sei falar inglês direito, não sei falar datas em inglês. E tem muitas partes dos vídeos que foram cortadas. Não está no contexto. É uma armação que eu não sei explicar. Só a justiça pode explicar”, revelou Júlio.

Ele afirmou que as conversas tinham o objetivo de induzi-lo a falar coisas. “Falou em datas e eu mal sei falar inglês”, disse. Quando Thathyanno perguntou como ele seria induzido por uma criança de 12 anos, Júlio disse que a menina de 12 anos é mais esperta que muita gente que ele conhece. Ele também disse que não sabe se ela foi orientada a fazer isso. “Quem vai dizer isso é a polícia depois da investigação. Se assistir direitinho, vai entender como foram feitas as gravações”, afirmou.

Júlio disse que convive com a família das meninas há quase três anos. ”Eu também tenho uma filha pequena, uma filha de sete anos. As meninas iam muito lá pra casa. Como os pais trabalham de Uber, eles deixavam as crianças sozinhas em casa. Saíam às 7h00 a.m. e voltavam por volta das 7h00 p.m. Nesse período, as duas crianças ficavam sozinhas em casa e gostavam muito de ir lá na minha casa brincar com a minha filha”.

Ele afirmou que a relação com a família das meninas sempre foi muito próxima, mas que ficou estremecida após uma briga. “No começo do ano houve algumas desavenças entre nós. Ficamos desde o começo do ano sem nos falar direito. Começamos a nos falar há dois meses e mês passado retomamos o nosso contato. Eles são três irmãos e eu. Nós viajamos para a Flórida e acabamos brigando”, disse.

Thathyanno também questionou por que Júlio não se entregou à polícia. “Pretendo fazer isso, sim. Estou esperando a orientação de uma parente que acabou de chegar do Brasil. Ficou de vir para ver se consegue um advogado para mim. Ela quer entender porque estão fazendo isso comigo. Estou pensando. Só estou esperando um advogado. Eu sou imigrante aqui e não estou legal, por isso, meu outro medo é a deportação”, disse ele.

Júlio afirmou que se escondeu porque depois que o caso chegou às redes sociais, recebeu várias ameaças. “Até em minha cidade no Brasil me juraram de morte. As pessoas julgam sem saber o que está acontecendo. A polícia fez o exame nas meninas e o próprio exame deu negativo para o molestamento. Fizeram exames. Pelo que me falaram, deu negativo. E isso está 100% correto. Eu nunca molestei nenhuma criança. A população julga sem saber a verdade. É só ver os comentários. Estão prometendo me pegar, me matar”, explicou.

Para assistir à entrevista, acesse o link https://abre.ai/cQEk.

(Informações do GNews USA)

Fonte: Brazilian Press