A paulistana Michele de Araújo, de 35 anos, foi detida em Newark, New Jersey, por abrir caixas de correios de moradores, segundo ela, para colocar panfletos de companhias de limpeza. No entanto, ela foi acusada de também roubar correspondências, conforme cita site Path.

Detida em flagrante no dia 25 de janeiro pela policial Michael Berger, Araújo teria mexido em pelo menos 25 caixas de correios de residências na região de Morristown (NJ).

Araújo foi detida porque, nos Estados Unidos, abrir caixas de correios de terceiros sem a devida permissão é considerado crime federal. Além disso, ela estaria em posse de correspondências de terceiros nas mãos, mora ilegalmente no pais e estaria dirigindo veículo automotor mesmo sem ter carteira de motorista válida no país.

Inicialmente, e acordo com jornais locais, ela teria sido presa acusada de ter roubado as correspondências, o que foi esclarecido depois que se tratava de panfletagem e não de roubo.

A avó de Michele, Fátima Ortiz Palácios, disse ao Gazeta News nesta quinta-feira, 21, que estão correndo atrás de advogado e muita coisa vai mudar no caso. Abatida pela situação, a avó disse que espera mesmo que tudo se resolva bem. “Está sendo muito difícil, eu estou com problema de saúde por tudo isso que está acontecendo. Inclusive estou indo para uma consulta médica agora”, disse.

De acordo com Palácios, elas não sabiam mesmo que era crime colocar panfletos em caixas de correios de casas. Segundo a avó, a neta estava abrindo caixas de correios e também com algumas cartas de terceiros nas mãos, o que também é crime federal.

Mãe de três filhas, de 14, nove e um bebê de três meses, Araújo está detida na Penitenciária do Condado de Atlantic. Por ser indocumentada, a paulistana foi transferida para custódia do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE) e luta agora contra o processo de deportação.

Devido ao fato de estar detida, Michele está sem amamentar a filha de três meses e cuidar das duas meninas maiores, que estão sob a responsabilidade da avó e dos pais. “Está tudo uma correria desde então. Eu não aguento”, desabafa a avó.

Para pagar o advogado e evitar sua deportação, familiares e amigos criaram campanha para arrecadar dinheiro em caixas de arrecadação em padarias e estabelecimentos brasileiros na comunidade em Newark (NJ).

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Fonte: Gazeta News