Foto24 Livia Schiavinato Eberlin Brasileira cria caneta que detecta células cancerosas em cirurgias
Lívia Schiavinato Eberlin recebeu o MacArthur Fellow, conhecida como a “bolsa dos gênios”, no valor de  US$ 625 mil e de uso livre do bolsista

Lívia Schiavinato Eberlin é professora assistente no Departamento de Química na Universidade do Texas em Austin

A cientista Lívia Schiavinato Eberlin é chefe de um laboratório de pesquisas na Universidade do Texas em Austin e desenvolveu uma caneta especial capaz de detectar células cancerosas durante cirurgias. O equipamento, batizado de MacSpec Pen, permite confirmar a retirada total do tumor, consequentemente, encurtando o tempo das cirurgias e diminuindo os riscos aos pacientes.

Lívia, de 33 anos, é natural de Campinas (SP). A paixão dela por espectrometria de massa (MS) surgiu quando atuava como assistente de pesquisa no Laboratório Thomson da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Ainda estudante de Química, ela visitou o Aston Laboratory na Perdue University para pesquisar MS. Em 2007, ela concluiu o Bacharelado em Química na UNICAMP e, em 2008, mudou-se para os EUA para ingressar no programa de PhD em Química Analítica na Purdue University sob a tutela do Prof. R. Graham Cooks.

Durante o PhD, Lívia desenvolveu e aplicou ionização ambiente de imagem MS no diagnóstico do câncer humano. Em reconhecimento ao trabalho dela inovador no PhD, ela recebeu várias premiações, incluindo o Nobel Laureate Signature Award da Sociedade Americana de Química. Em 2012, ela iniciou o pós-doutorado na Stanford University sob a tutela do Prof. Richard N. Zare, onde ela continou a desenvolver a tecnologia MS para pesquisas biomédicas. Durante esse período, ela foi agraciada com o L’Oréal for Women in Science Fellowship, um K99 de premiação independente da NIH/NCI e foi incluída na lista da Forbes dos 30 destaques em Ciência e Saúde.

Em 2016, Lívia iniciou sua carreira independente como professora assistente no Departamento de Química na Universidade do Texas em Austin. Desde então, o grupo de pesquisa dela já recebeu vários reconhecimentos por seus estudos. Em 2018, ela foi nomeada Sloan Research Fellow, Moore Inventor Fellow e MacArthur Fellow, conhecida como “bolsa dos gênios” e destinada aos profissionais com atuação destacada e criativa em sua área. O prêmio, no valor de US$ 625 mil, é de uso livre pelo bolsista.

A cientista vive nos EUA há 10 anos, é casada com Nathan Sanders e o casal tem 3 filhos, duas meninas e um menino. Ela é se dedica às pesquisas que envolvem Química e Medicina. O grupo de pesquisa dela é focalizado no desenvolvimento inovador de tecnologias de espectrometria de massa visando resolver problemas importantes relacionados à pesquisa na saúde.

Fonte: Brazilian Voice